Trabalhar o dia todo sem água, com restrições de horário para ir ao banheiro, passar o mês tentando fechar uma meta impossível de alcançar. Esses são alguns exemplos de assédio moral, explicam especialistas. No ano passado, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo registrou 44 mil reclamações. Os números em São José do Rio Preto (SP) não foram divulgados.
Alguns patrões desrespeitam as leis trabalhistas e criam cobranças excessivas que podem ofender e até humilhar os funcionários. A grande dúvida do trabalhador é como falar isso para o chefe sem perder o emprego.
Segundo o advogado trabalhista rio-pretense Giovanni Spirandelli, controlar o quanto o funcionário bebe de água e idas ao banheiro são casos clássicos de assédio moral. “Se não conseguir resolver de forma amigável, deve-se procurar um advogado ou o Ministério do Trabalho para solucionar o caso”, afirma.
Nestes casos, o funcionário tem dois anos para entrar na justiça, mas a dificuldade é reunir provas. “Pode ser algum relatório de idas ao banheiro ou para tomar água, ou alguma prova testemunhal, de algum colega de trabalho que sofreu a mesma coisa”, diz Spirandelli.
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