Integrantes do Sindicato dos Aeroviários da Bahia (Sindiaero-Ba), além de funcionários das empresas aéreas realizaram protesto ontem, no Aeroporto Internacional de Salvador, em frente ao guichê da empresa Avianca. Eles alegaram sofrer assédio moral, racismo e homofobia por parte da empresa.
Segundo denúncia à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-BA), a empresa aérea pratica constante assédio moral com os funcionários, demite servidores gays e negros sindicalizados. Procurada pela Tribuna, a empresa Avianca não quis se pronunciar. Além disso, segundo os funcionários e os sindicalistas, até o fechamento desta edição a empresa não havia recebido os integrantes para um breve esclarecimento.
“Homofobia, assédio moral e racismo são problemas que atingem diariamente os trabalhadores da Avianca, resultando numa demissão de cinco pessoas, sendo quatro deles negros”, relatou a funcionária da Azul Linhas Aéreas e integrante do Sindicato dos Aeroviários da Bahia (Sindiaero-Ba), Luciana Tavares.
“Nosso país é um país de miscigenação e a discriminação ainda é muito forte. Todo esse comportamento vem por parte dos supervisores”, argumentou a sindicalista. “Hoje buscamos juntamente com a nossa classe, mudanças, para que essa realidade que já foi vencida há muitos anos seja aplicada nas empresas”
Entre as denúncias feitas a SRTE e ao Ministério Público estão fatos como chamar à atenção dos funcionários em frente de colegas e usuários, ameaças de demissão por suposta baixa de rendimento, xingamentos como “lerda” e “burra” na frente de colegas e usuários, dentre outros, resultando em trabalhadores chorando e sem vontade de retornar ao seu posto de trabalho.
“A partir desse comportamento inadequado por parte da empresa surgem as constantes demissões, que atingem, em quase sua totalidade, negros e homossexuais, em uma clara política discriminatória. A empresa também vem demitindo injustificadamente membros do Sindicato dos Aeroviários e caminha para ser a empresa aérea mais antissindical do BrasiI”, acrescentou Luciana Tavares.
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