A empresa de alimentos BRF S.A  foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) a pagar uma indenização de R$ 40 mil a uma ex-funcionária que trabalhava na linha de produção de uma fábrica da Sadia, uma das marcas da BRF,  em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná. 

 

Segundo o processo, a ex-funcionária era responsável por controlar a qualidade, mas os supervisores ignoravam os relatos de falhas e deixavam que produtos com problemas fossem liberados para a venda. A condenação foi divulgada pelo Tribunal Regional do Trabalho na terça-feira (17) e ainda cabe recurso.

 

Para os desembargadores do TRT-PR, a condição da funcionária era de humilhação, por ser obrigada a agir contra a função que assumia na empresa e, por isso, ser responsabilizada pelos produtos que eram aprovados com defeitos.

 

De acordo com o TRT-PR, a empresa tinha conhecimento da ação dos supervisores e não tomou providencias para corrigir a situação. O desembargador responsável pelo caso determinou que a empresa pague R$ 30 mil por assédio moral e mais R$ 10 mil pelo agravamento do quadro de depressão que a trabalhadora apresentou antes do fato.

 

A empresa BRF S.A. informou ao G1 que a companhia abriu sindicância interna para apurar os fatos e ressalta que todas as linhas de produção operadas pela empresa são submetidas a rígidas normas de inspeção e controle. A reportagem procurou a advogada da ex-funcionária, mas até o fechamento da reportagem não havia conseguido contato.