Os agente de limpeza urbana da Região Metropolitana de João Pessoa, além de Campina Grande, permanecem em greve nesta terça-feira (05). O movimento, iniciado ontem, conta com adesão total dos funcionários da empresas Ambiental Soluções, Limp Fort Engenharia e Construtora Marquise. Hoje pela manhã, após reabertas as negociações entre o sindicato da categoria e as empresas, 30% do serviço de coleta de lixo domiciliar foi liberado.
O Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Urbana da Paraíba (Sindlimp-PB) e o Movimento Luta de Classes (MLC) coordenam a greve nas cinco cidades (João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Santa Ria e Campina Grande). Ontem pela manhã, a categoria entregou carta endereçada à presidenta Dilma Rousseff, que esteve em visita à Paraíba. O documento foi recebido e lido por Ubirajara Augusto, da Secretaria-Geral da Presidência da República, que ainda conversou com os agentes de limpeza.
À tarde, houve uma mesa de negociação na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), com mediação do chefe da Seção de Relações do Trabalho, José Cursino Nunes Raposo. Na reunião, porém, as empresas não avançaram em sua última proposta de reajuste no salário e no vale-alimentação, 8,5% e 10%, respectivamente. O Sindlimp-PB defende 12% e 26,6%.
Muito além das questões econômicas, a greve estourou, neste momento, devido ao repúdio da categoria a um sistemático assédio moral promovido pelas empresas: jornada de trabalho de 10 a 12 horas por dia; punições injustificadas, demissões imotivadas, humilhações de cunho social e moral, etc.
A greve segue por tempo indeterminado, mas hoje, às 17h00, está marcada nova reunião na SRTE para tentar pôr fim ao impasse.
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