Denúncias recém chegadas ao Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia(SEEB/RO) dão conta de que representantes do HSBC na região Norte estariam praticando assédio moral de forma aberta contra funcionários das agências em Rondônia.
Uma denúncia anônima detalhou que o diretor de Rede Centro Norte, Luiz Benoni, e a Superitendente Regional de Manaus, Sarita S. da Silva, visitaram as agências do banco em Rondônia e, especificamente em agências do interior, chegaram a proferir palavras de coação explícita aos funcionários.
Segundo uma denúncia, Benoni teria ficado irritado com o não cumprimento das metas - já consideradas desumanas pela direção do Sindicato e pela Comissão de Empresas - e chegou a suscitar que essa 'defasagem' seria fruto da "falta de assédio moral", que antes já era praticado por uma gestora, afastada após denúncias do Sindicato.
"Se vocês não derem o resultado que o banco espera, não ficará nenhum para contar história. Esta é uma das nossas mais bonitas agências, e vocês, pelo visto, não estão sequer fazendo por merecer trabalhar nela", teria dito o executivo, segundo uma das denúncias que chegaram ao SEEB/RO via e-mail.
E a situação parece que só tende a piorar, já que os gestores estariam ainda incitando uma disputa 'canibalesca' entre os próprios funcionários para que eles cumpram as metas a qualquer custo, o que tem promovido ainda mais o clima de desconforto e desesperança entre os trabalhadores, que já não sabem mais como reagir diante de tanta pressão, humilhação e perseguição.
"O banco está querendo que os funcionários atinjam as metas, vendam produtos, mas não oferece condições para isso, a exemplo das altas taxas de juros praticadas em empréstimos e financiamentos, muito acima dos valores cobrados atualmente pelos bancos públicos, o que promove a migração da clientela para estes outros bancos. Ou seja, eles querem obrigar os funcionários a operarem verdadeiros milagres e, não conseguindo isso, estes trabalhadores são vítimas destas práticas explícitas e imorais de assédio moral, o que não podemos aceitar e que será fortemente combatido", avaliou o diretor Wanderson Modesto, que é funcionário do HSBC.
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