WILSON CARLOS DE SOUSA NUNES - BANCÁRIO
O texto abaixo reproduz a denúncia feita por um bancário do BB ao Sindicato dos Bancários do Maranhão.
"O funcionário WILSON CARLOS DE SOUSA NUNES, lotado no Banco do Brasil desde 22/01/2007, após uma longa batalha judicial com o BB, que durou cinco anos, sendo o banco obrigado pela Justiça a indenizá-lo, mais uma vez, se vê cercado pelas injustiças e os desmandos que é praxe do banco para com seus empregados.
Tudo começou quando em setembro do ano passado, o funcionário foi chamado para depor em processo que envolvia colega de trabalho na Vara Do Trabalho de Chapadinha – MA. No dia seguinte, além de ser advertido pela gerente Isa, levou falta não abonada/não autorizada, mesmo exibindo prova de que estava em audiência.
Em seguida, deflagrou-se a greve da categoria daquele ano. Como é de praxe, o funcionário aderiu à greve por ser um direito legítimo dado a toda categoria de trabalhadores. Ao retornar da greve, o funcionário, participou de uma reunião geral de agência presidida pelo senhor Ivanildo Sousa Barros, gerente geral, ocasião em que se discutia o novo Sinergia e analisava-se o perfil de cada agência no Maranhão.
No momento da análise da agência de Coroatá, o gerente disse a todos os presentes em alto e bom som que a agência de Coroatá havia se saído mal no desempenho por ser composta por um “grupo de bandidos”, referindo-se indiretamente ao funcionário que era o único que estava ali que havia passado por Coroatá-MA, por ocasião da sua posse. O que, de fato, causou-lhe grande humilhação diante dos colegas.
Daí em diante, o funcionário desenvolveu quadro depressivo, devido à total exclusão que sofreu na agência. Ele procurou ajuda médica e imediatamente foi afastado do trabalho, por ter sido diagnosticado com depressão grave notadamente pelos cids f32.0, f32.1, f41.0, f41.1, passando a depender diariamente da companhia da amigos e familiares, ter amnésias, mal-estar generalizado, etc.
O quadro se agravou quando o funcionário compareceu em juízo na Vara do Trabalho de Caxias – MA para relatar irregularidades num processo administrativo envolvendo um colega de agência, cujos fatos encontram-se devidamente registrados nos autos do processo que corre em segredo de Justiça.
Ocasião em que o advogado do banco mais uma vez utilizou-se de expediente sórdido para noticiar ao juiz que o funcionário não era pessoa de boa conduta e que por isso havia sido demitido, o que de fato nunca ocorreu.
A verdade é que o funcionário encontra-se de licença médica pela Previdência Social, diga-se de passagem, sem qualquer assistência prestada pelo banco, a não ser a de noticiar aos clientes que a sua ausência deu-se em função de práticas irregulares, como forma de submetê-lo a um linchamento moral perante a sociedade.
Faço aqui um apelo para que o Ministério Público do Trabalho visite as agências, em especial a de Caxias, pois lá, existem problemas a serem corrigidos, que só não são levados ao conhecimento de todos por medo de represália. O meu caso de afastamento por episódio depressivo não é o único. Dois funcionários com problemas de saúde foram afastados e outros são orientados a aguentar ao extremo sob a ameaça de perderem benefícios e vantagens.
Hoje, vivo preso em minha própria casa, abandonado como se nenhuma utilidade tivesse. Tudo isso porque o banco não dá a mínima para os funcionários que não estão na ativa. Vou buscar na Justiça a reparação por todos os danos causados para que eu não seja mais um dos deixados nas filas do esquecimento.
Para finalizar, há quatro meses não consigo movimentar minha conta salário. Enviei diversas correspondências ao banco e sequer obtive resposta. Mais uma clara demonstração da falta de respeito para com os funcionários.
Adotarei as medidas que forem necessárias, mas isso não vai e nem pode continuar assim! Quantos estão na mesma situação? Quantos irão continuar nas fileiras da humilhação e do descaso? Juntos, somos um só!"
WILSON CARLOS DE SOUSA NUNES
BANCÁRIO
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