O deputado federal Danilo Forte (PMDB-CE) afirmou nesta terça-feira, durante reunião da Bancada do Nordeste na Câmara com o presidente do Banco do Nordeste, Ary Joel Lanzarin, que os parlamentares nordestinos vivem a “síndrome do medo” com relação ao fortalecimento das instituições de fomento, financiamento e de desenvolvimento da região, bem como à ao desfecho de determinados temas de interesse para os estados e municípios nordestinos, como o projeto de partilha dos royalties do petróleo em área do pré-sal.
Ele parabenizou a nova diretoria do BNB, “que tem sido uma parceira importante deste regaste que o banco está fazendo, como instituição, e que precisa ser fortalecida”, e destacou o papel que a Bancada do Nordeste “exerce de apoio para esta alavancagem do BNB”.
Contudo, Danilo Forte diz que o futuro do banco “nos causa uma preocupação muito grande, um certo medo nesta Casa, porque tivemos a crise do BNB, nós vivenciamos aqui o sofrimento que foi esse período de crise”.
Lembrou que como relator da Medida Provisória 564, e com o apoio da Bancada do Nordeste, “conseguimos mesmo durante o processo da crise buscar capitalização do banco e fortalecer a instituição naquilo que era os procedimentos necessários, com Fundo de Ciência e Tecnologia sendo dirigido pelo BNB, com questão da melhora da capacidade do banco de negociar os seus créditos, fundos aos fornecedores e as indústrias nordestinas”.
- Mas nós sabemos que também, existe uma preocupação, uma penúria muito grande sobre certas situações, que vez em quando a imprensa trás de volta. Agora mesmo voltou a abordar essa da parceria com o Banco do Brasil sobre esta questão da da tecnologia (a Cobra) – frisou o deputado.
Forte disse que o BNB sempre foi uma referência em tecnologia na região Nordeste. Lembrou que desde o seu tempo de estudante no Colégio Cearense, “era o sonho de todo estudante cearense ser cabista, por que eram onde tinha mais desenvolvimento na área de tecnologia e IPI de Fortaleza, era no Banco do Nordeste”.
Ressaltou que “depois veio a essa questão dos depósitos judiciais – que também é importantes como captação pro banco e um recurso barato, que qualquer instituição financeira sonha ter em seu portifólio: a captação de recursos judiciais”.
Forte elogiou o presidente Ary Joel “tem sido muito solícito conosco, em todas as nossas reivindicações”. E citou, por exemplo, que na semana passada, o banco resolveu uma situação gravíssima com os camelôs de Canindé (CE), onde teve um incêndio brutal, que atingiu 120 barracas de feirantes que vivem do comércio de artigo religioso.
- Quero dizer à direção do BNB, que essa preocupação nossa é uma preocupação que inclusive o senhor pode contar como ponto de apoio para determinação de políticas necessárias para o fortalecimento da instituição – declarou.
PROBLEMAS NOS ROYALTIES – O deputado Danilo Forte disse que “dentro deste circuito da síndrome do medo”, está a questão da distribuição dos royalties do petróleo. “Estamos, aqui, no Congresso, com um problema muito sério com relação aos royalties”, disse, informando que um grupo de governadores está se encontrando hoje com o presidente do Congresso Nacional, José Sarney, pedindo a inclusão da pauta do veto dos royalties, os senadores já estão com abaixo assinado e a bancada do Nordeste com Requerimento fazendo o mesmo pedido.
“Todos nós achamos que o veto veio de forma discriminatório. Tenho um estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) fez uma pesquisa com os 500 priores municípios brasileiros para se viver, e 96,4% estão na região Nordeste e Nordeste do País. E nós não vamos buscar essa equalização nunca se nós não tivermos recursos para fazer os financeiros necessários para recuperar essa dívida social que o Brasil tem para com o Nordeste”, acrescentou o parlamentar cearense.
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