Há pouco menos de um mês para o Natal, os funcionários do Santander foram surpreendidos com uma péssima notícia. De forma cruel, o banco espanhol demitiu cerca de 1 mil trabalhadores em todo o país. Na Bahia, até o momento, 23 bancários ficaram sem emprego.
Toda arbitrariedade deve ser denunciada. Foi com esse espírito que os diretores do Sindicato e da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe fecharam sete agências em Salvador, nesta terça-feira (04/12).
“Não vamos permitir que os desligamentos continuem. A situação é de pânico nas unidades”, explica o diretor Adelmo Andrade, também funcionário do banco. O diretor da Feeb, Erivaldo Sales, completa. “Exigimos a suspensão das demissões. O Santander lucra alto e, mesmo, assim, promove demissão em massa”.
Rumores dão conta de que a arbitrariedade não vai parar por aí. Até sexta-feira (07/12), o número deve subir para 5 mil. O caso já foi denunciado ao Ministério Público do Trabalho e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.
“Enquanto o banco patrocina a Fórmula 1, os funcionários são prejudicados. O ganho do Santander somou quase R$ 5 bilhões, fruto do trabalho dos bancários. O Sindicato espera que uma negociação seja aberta, no intuito de barrar mais demissões e reverter as que foram feitas”, explica o diretor da Feeb, José Antônio dos Santos.
Descartável
Apesar da receita favorável, o banco tem tratado o funcionário como uma peça descartável. Os trabalhadores dedicam a vida ao banco. Muitos, inclusive, adquirem doenças ocupacionais por conta da sobrecarga de trabalho e, mesmo assim, são colocados para fora sem qualquer justificativa plausível.
Vale lembrar que durante as negociações o movimento sindical já cobrava mais contratações. Mas, aconteceu justamente o contrário. A atitude foi tomada de forma unilateral e o SBBA não foi informado sobre o processo. Inclusive, nesta segunda-feira (03/12), primeiro dia de demissões, a entidade tentou entrar em contato com a organização financeira, mas não obteve resposta positiva.
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