Apesar dos lucros exorbitantes, a realidade nos bancos privados e públicos no Brasil é de falta de investimento em mão-de-obra, com aposta na sobrecarga de trabalho e em demissões, na rotatividade como forma de diminuir os salários da categoria, e na terceirização. Problemas que prejudicam diretamente os bancários e que não condizem com o setor mais lucrativo da economia do país.
Ao invés de contratar novos funcionários, os banqueiros preferem precarizar o atendimento aos clientes. Os empregados são obrigados a exercer diversas funções para suprir a falta de trabalhadores nas agências e a demanda. Para piorar, muitas vezes os correntistas são empurrados para correspondentes bancários.
A rotatividade é outro fator que contribui para a precarização do serviço e o aumento do lucro dos banqueiros. No primeiro trimestre de 2012, o salário médio dos trabalhadores contratados foi 38,2% inferior ao dos desligados.
A remuneração média foi de R$ 2.656,92 e a dos desligados de R$ 4.299,27. Quer dizer, as admitidos ganham 38,2% menos do que os demitidos. Os dados são do Dieese.
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