Nesta quinta-feira (8), organizações do movimento social realizarão uma reunião unificada. O objetivo será de organizar e discutir ações para combater e denunciar a violência cometida contra a população de São Paulo, em sua maioria moradores pobres da periferia, jovens e negros. O evento será realizado às 19hs, no Sindicato dos Advogados de SP (Rua da Abolição, 167 – Bela Vista – próximo ao metrô República).
No encontro serão dados informes sobre todos os casos recentes de mortes na cidade de São Paulo. O intuito será de formar uma Comissão Independente e Popular para acompanhamento dos casos de violência, das vítimas e de seus familiares.
Será realizado um debate sobre as recentes medidas tomadas conjuntamente entre Governo Estadual e Governo Federal, mas que não conta com a participação da sociedade civil, principal atingida nessa onde violência.
Além disso, haverá a preparação de um documento unificado contra o genocídio, por meio do qual serão dados encaminhamentos políticos, jurídicos e de denúncias sobre o tema.
Na reunião também serão discutidas iniciativas para realização de mobilização e manifestações contra o aumento da violência em São Paulo.
Essa frente de movimentos sociais, que realizou outras reuniões sobre o tema no mês de outubro, tem como meta traçar medidas nacionais contra os genocídios que ocorrem em diversas periferias pelo país. Embora a atuação dessa frente esteja situada no estado de São Paulo, uma série de análises apontou para a gravidade da situação em todo o Brasil.
Esses movimentos buscam unir, quando possível, e nacionalizar as iniciativas em prol da desmilitarização das polícias e da política. Esses movimentos apontam para uma espécie de milicialização por parte de diversos grupos militares e paramilitares no estado de São Paulo, uma estratégia que teria sido fortalecida nessas últimas eleições com a eleição de três militares linha-dura para a Câmara Municipal, além da presença de ex militares nas subprefeituras, o que agrava o quadro.
O objetivo é de criar estratégias que apontem para um trabalho de base mais profundo, que dê maiores e melhores resultados efetivos na resistência contra o genocídio.
Entidades do movimento social participantes e convocadas:
Comitê Contra o Genocídio da População Negra de SP
Rede 2 de Outubro – Pelo Fim dos Massacres
Cordão da Mentira – Quando vai acabar o Genocídio Popular?,
Campanha Contra o Genocídio da Juventude Negra
Campanha Contra a Faxina Étnica e Círculos Palmarinos
Tribunal Popular: o Estado Brasileiro no Banco dos Réus
Campanha “Eu pareço suspeito?”
Pastoral Carcerária
Rede de Comunidades do Extremo Sul
Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST-SP)
Movimento Luta Popular
Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST-SP)
Movimento Nacional da População de Rua (MNPR-SP)
Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável (MNCR-SP)
Levante Popular da Juventude
Movimento Negro Unificado (MNU-SP)
UNEAFRO-Brasil
Círculo Palmarino
Marcha Mundial das Mulheres (MMM-SP)
Movimento dos Trabalhadores de Cultura (MTC)
CSP-Conlutas SP
Movimento Mães de Maio
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