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Saiu na Imprensa

  07/11/2012 

Do Não a Alca à Unidade Latino-americana

 

Cumprem-se 7 anos do Não a Alca, em Mar del Plata. Um acontecimento que mudou o cenário político na região e produziu um salto de qualidade na relação entre os países sul-americanos, particularmente, porém, em especial no próprio processo de integração regional.
 
A relação que vinham construindo, entre outros, o presidente Luis Inácio Lula da Silva, Néstor Kirchner e Hugo Chávez se materializou em um novo posicionamento frente aos Estados Unidos e ao próprio George W. Bush; porém, sobretudo, às políticas neoliberais planejadas e aplicadas nos anos 90 no continente, a partir do que se chamou Consenso de Washington.
 
Essa nova geografia política e econômica gestada em novembro de 2005 acabou gerando uma nova institucionalidade que é a Unasul e, posteriormente, a Celac; isto é: os governos nacionais e populares não só se uniram para frear um esquema de dominação, mas elaboraram uma estratégia que acabou evitando golpes de Estado, preservando o sistema democrático, fazendo valer o respeito aos direitos humanos, fortalecendo os mecanismos já existentes como o Mercosul.
 
Esse novo mapa onde irrompem, também, Rafael Correa, Evo Morales, Pepe Mujica, Fernando Lugo e Cristina Kirchner está composto pela luta e pela experiência de resistência de milhares de organizações sociais e políticas, praticamente desde a década dos 60 a inícios do novo século que sedimentaram a irrupção dessas figuras e puseram novos desafios aos governos emergentes.
 
Desde Mar del Plata até 2012, a integração regional tem feito um caminho de realizações, derrotas e avanços; cabe perguntar-se, então, se não é necessário repensá-la a partir de suas próprias fortalezas e da aprendizagem que tem dado a gestão na restituição de direitos e na participação de novos sujeitos sociais e políticos.
 
O Não a Alca nessa etapa deve ser um chamado profundo a refletir e resignificar novas práticas e metodologias que impliquem em aprofundar os modelos em cada país, ante a crise do capitalismo em âmbito mundial e às novas formas de dominação que o aparelho militar-armamentista, político e financeiro dominante tenta impor no planeta.
 
É o momento em que necessitamos maior capacidade de organização e abertura para que as mulheres e os homens da América do Sul se apropriem definitivamente desse projeto transformador e o levem adiante.
 
Também, para consolidar esse processo, é necessário comparar a situação que deveriam enfrentar os presidentes em 2005 e a que agora temos. Hoje, como ontem, o Não a Alca não era somente uma questão comercial, ou de intercâmbio; esses Tratados colocavam uma armadilha e centenas de condicionamentos aos governos; vale recordar, por exemplo, que se o mesmo tivesse sido formalizado não teria sido possível, na Argentina, levar adiante a Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, pois não se teria permitido ter ingerência nas empresas de capital estrangeiro referidas à temática.
 
Quais são os temas que devem integrar a agenda da integração regional para os próximos anos? Que papeis devem fortificar os Estados para tornar possível uma maior distribuição da riqueza? Que tipo de organizações sociais necessitamos para acompanhar essa nova etapa e que distintos níveis de relações se necessitam ser produzidos entre elas ao longo de nossa América?
 
Interrogações que devem ser abordadas nesse novo momento, enquanto o gesto de um grupo de mandatários lá, em 2005, se agiganta no tempo e da cobertura e dimensão à luta cotidiana dos povos para construir sociedades mais justas e solidárias.
Fonte: Adital
Link: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=71837
Última atualização: 07/11/2012 às 10:36:40
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