De antemão, vale ressaltar que o ponto eletrônico é uma bandeira histórica da AFBNB, inclusive já tendo sido abordado o assunto em edições do jornal da Associação, Nossa Voz. (julho de 2008 e setembro de 2009) e em outros meios de comunicação da entidade, como matérias no site, por exemplo, bem como em várias oportunidades junto à diretoria do Banco. Inclusive na reunião recente com o presidente do BNB, Ary Joel Lanzarin, a Associação cobrou a instalação do mecanismo e o presidente comprometeu-se a instalá-lo até o final de 2012.
De fato, no Acordo Coletivo de Trabalho 2012/2013 assinado recentemente entre o Banco do Nordeste e os sindicatos que compõem a mesa de negociação, consta que o ponto eletrônico será implantado até o final deste ano, por meio de acordo específico com as entidades.
Para a AFBNB, o ponto eletrônico deve ser, principalmente, ferramenta imprescindível de combate ao trabalho gratuito, uma realidade que precisa ser extinta das relações de trabalho dos funcionários do Banco. Como consequência, o cumprimento adequado da jornada geraria novos postos de trabalho e os trabalhadores não mais seriam submetidos a jornadas extenuantes sem a devida e integral remuneração pelas horas-extras.
No que concerne às horas-extras, a Associação defende que elas sejam algo esporádico no BNB e não usual, como ocorre atualmente. Ademais, quando ocasionalmente ocorrerem, devem ser pagas integralmente, sem a prejudicial institucionalização do banco de horas, instrumento de flexibilização danoso aos trabalhadores.
Banco de horas
Em relação ao banco de horas, a AFBNB se posiciona veementemente contrária à medida, uma vez que ele encobre a real necessidade de novos trabalhadores, bem como estas horas são compensadas à mercê dos gestores.
Neste sentido, a Associação chama atenção para que os sindicatos estejam atentos à instalação do ponto eletrônico, ainda mais porque o mecanismo deverá ser implantado através de acordo específico com as entidades sindicais.
Em suma, a AFBNB espera que a implantação do ponto eletrônico seja um mecanismo que só venha para auxiliar e beneficiar os funcionários do Banco, o que só ocorrerá se todos fizerem valer os direitos dos trabalhadores do BNB.
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