O pagamento do 13º salário deve injetar cerca de R$ 131 bilhões na economia brasileira até dezembro, aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, estima levantamento realizado pelo Dieese.
O benefício será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos, aos beneficiários da previdência social e para aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados, totalizando cerca de 80 milhões de contemplados.
Deste total, aproximadamente 30 milhões (37% do total) são aposentados ou pensionistas da previdência social. Os empregados formais (49 milhões de pessoas) correspondem a 62% do total, e entre estes, os empregados domésticos com carteira assinada somam quase dois milhões (2,4%).
Do montante a ser pago, cerca de 20% dos R$ 131 bilhões (pouco mais de R$ 26 bilhões) serão pagos aos beneficiários do INSS. Outros R$ 93 bilhões (71% do total) irão para os empregados formalizados, incluindo empregados domésticos. Já os aposentados e pensionistas da União receberão o equivalente a R$ 6,4 bilhões (4,9%), enquanto os aposentados e pensionistas do estado ficarão com R$ 5,3 bilhões (4,1%).
Ainda segundo o Dieese, o número de pessoas que receberá o 13º em 2012 é cerca de 2,5% superior ao registrado em 2011. Este ano, estima-se que dois milhões de pessoas passarão a receber o benefício.
Em 2011, a estimativa de injeção na economia brasileira foi de R$ 118 bilhões, crescimento de 10,5% ao projetado para este ano.
Distribuição regional
Segundo a pesquisa, a região sudeste deve concentrar a parcela mais expressiva do 13º salário (51,1%), seguidas pelas regiões sul (15,5%) e nordeste (15,3%). Para as regiões centro-oeste e norte irão, respectivamenbte, 8,5% e 4,6%.
Já o maior valor médio para o 13º, considerando todas as categorias de beneficiados, deve ser pago em Brasília (R$ 3.171), e os menores nos estados do Maranhão (R$ 1.030) e Piauí (R$ 1.010).
São Paulo
Até o final deste ano, a economia paulista deve receber cerca de R$ 39,4 bilhões, aproximadamente 30% do total do Brasil, e 58,7% da região sudeste, o equivalente a 2,7% do PIB estadual.
O contingente de trabalhadores que receberão o benefício foi estimado em 21.060 mil, correspondente a 26,3% do total. Em relação à região sudeste esse percentual é de 54,8%.
Os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários, representam 68,3%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 31,7%. O emprego doméstico com carteira participa em 2,9%.
Quantos aos valores, os empregados formalizados ficam com 78,2% (R$ 30,8 bilhões) e os beneficiários do INSS, com 18,3% (R$ 7,2 bilhões), enquanto aos aposentados e pensionistas do estado do Regime Próprio caberão 3,5% (R$ 1,4 bilhão).
São Paulo registra o terceiro maior valor médio (R$ 1.805), atrás apenas do Distrito Federal e Amapá.
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