Mesmo com regras mais rígidas impostas pelo governo, o faturamento dos bancos com a cobrança de tarifas se manteve alta. O ganho cresceu 33% entre junho de 2011 e junho de 2012. O levantamento é do Idec.
Os dados mostram que o tíquete médio saiu de R$ 52,43 para R$ 69,86. De acordo com o Instituto de Defesa do Consumidor, o aumento no lucro é decorrente de alguns fatores.
Um deles é o número de clientes, que saiu de 153,2 milhões para 168,3 milhões no período analisado, e o outro é o reajuste nos preços das tarifas avulsas e de pacotes.
Pressão
As tarifas cobradas pelas organizações financeiras estão na mira da presidenta Dilma Rousseff, que faz forte pressão pela redução das taxas de juros cobradas aos clientes e do spread bancário, um dos mais altos do mundo. Para isso, o governo federal vem reduzindo os juros dos bancos públicos. Desta forma, as empresas privadas têm de seguir o mesmo caminho.
Mas, com relação às tarifas bancárias, segundo o Idec, é preciso de normas eficientes para torná-las transparentes, pois, desde 2008, quando os serviços foram padronizados, que os bancos criaram novas taxas e incluíram nos pacotes, confundindo o cliente e aumentando a receita.
|