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Artigo: Pela participação de todos os funcionários na AFBNB, por Alci de Jesus

* Por Alci de Jesus

O funcionário que está numa Agência ou na DIRGE, independentemente de ser ou não associado da AFBNB, como é que interpreta as agendas institucionais da AFBNB em Brasília? Essa é uma preocupação constante da Diretoria da Associação e tem todo o sentido.

Primeiro, e talvez não seja nem preciso esclarecer, o DNA da AFBNB é dividido, meio a meio, por ações institucionais em defesa do Banco, da Região e do Desenvolvimento Regional e pela luta, permanente, por democracia, ética e respeito nas relações de trabalho.

Em termos das relações de trabalho a vinculação é imediata, certamente pela ação constante da Associação na luta pelos direitos dos funcionários, que passa pela exposição dos problemas de recursos humanos e pelas cobranças que vem sendo feitas ao longo de todos esses anos, com forte inserção nos últimos 10 anos pelo menos. É fácil verificar a expressão de referência que a entidade tem ao se tratar da valorização dos funcionários e da exigência de transparência no acesso e movimentação, além das denúncias contra o assédio moral e à extrapolação da jornada de trabalho, afora a sua ação nas campanhas salariais.

Já em termos das ações institucionais, o que a gente percebe é que para muitos, em especial, as novas gerações, ouvir falar da participação da AFBNB na conquista do FNE na constituinte (desde 1986, no seu nascedouro) e depois, toda a luta pela regulamentação dos recursos e a definição da sua gestão pelo BNB parece ser distante e não sensibilizar de forma a fazê-los motivarem-se a, de princípio, se associar à entidade.

Felizmente, no entendimento de muitos há o reconhecimento da importância do FNE como instrumento fundamental de apoio ao desenvolvimento da região e de suporte ao fortalecimento do Banco. De fato, sem o FNE o BNB, certamente, perderia muito da sua sustentabilidade.

Mas, talvez não tão importante quanto à conquista do FNE, a Associação, em tempos recentes, tem feito valer a sua ação institucional estratégica, apoiando decisivamente para vitórias de alto valor para  Banco e por consequência, para a região.

Foi assim quando da recriação da Sudene, luta que se deu entre 2005-2007, em que estava ameaçada a taxa de administração do FNE, da forma como o é hoje, e que poderia afetar sobremaneira os resultados do Banco. A atuação da AFBNB, junto com o Banco, foi fundamental para evitar as modificações que estavam sendo produzidas no Senado e que levariam a redução substancial do lucro do BNB.

Também foi superimportante a ação desenvolvida pela AFBNB quando da proposta da Reforma Tributária, já em 2008-2009, a qual trazia no seu bojo o conceito do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional – FNDR e que impunha a desconstitucionalização da operacionalização exclusiva do Fundos Constitucionais pelos Bancos Regionais.  A ação da entidade, naquela oportunidade, possibilitou que se viabilizassem as articulações necessárias que permitiram a apresentação de emenda, a qual foi incorporada no texto do relatório, garantindo a exclusividade dessa operacionalização no texto constitucional.

Agora, bem recente, em 2012, todos os funcionários acompanharam a luta vitoriosa da entidade, que apresentou textos, fez corpo-a-corpo no Congresso Nacional, participou de audiências públicas, e de forma já reconhecida por muitos apoiou a vitória que representa o aporte de R$ 4 bilhões ao capital social do Banco do Nordeste até 2014.

É por isso que soa estranha a resposta de um funcionário de dois anos de Banco à pergunta quanto a ser sócio da AFBNB: ainda estou pensando! Mais estranho ainda é um funcionário de 10 anos ter a mesma resposta; parece até brincadeira quando alguns que assim respondem têm funções de gestão na instituição. 

Mas o pior é que não é, e compreendendo dessa forma a Associação busca em toda oportunidade esclarecer que a ação institucional, que se dá em Brasília ou em qualquer Estado, é fundamental para a valorização dos trabalhadores do BNB; quando se luta pelo aumento do capital social do Banco, pela manutenção da taxa de administração do FNE e pela constitucionalização da operacionalização exclusiva do FNE pelo BNB se está lutando por melhores condições para os trabalhadores da instituição na sua integralidade.

É por isso que renovo o convite a todos, principalmente àqueles que ainda não são filiados à AFBNB, a conhecerem melhor a entidade, tanto no aspecto das relações de trabalho quanto na ação institucional estratégica. Acredito que dessa forma possivelmente a ação da entidade seja intensificada e encampada por mais funcionários do Banco e a resposta à pergunta “você é sócio da AFBNB?” seja mais satisfatória. Assim, provavelmente tenhamos muito mais representantes da AFBNB, também!

* Alci de Jesus é diretor de Ações Institucionais da AFBNB