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Saiu na Imprensa

  03/10/2012 

Lanzarin: importância igual a todos os setores

 

Presidente admite fazer parcerias com outras instituições para atender população de municípios sem agência

Atenção especial aos pequenos negócios sem perder de vista o setor industrial. Segundo o recém empossado presidente do Banco do Nordeste (BNB), o catarinense Ary Joel Lanzarin, toda a cadeia produtiva terá igual importância na nova gestão da instituição, que se compromete a manter o mesmo atendimento que o Banco já vinha dedicando à indústria cearense.

Para o novo gestor, o BNB não pode pensar que somente os grandes industriais são importantes para a economia do Ceará FOTOs: DIVULGAÇÃO

"Não podemos pensar que só o grande é importante. Nossa relação será com todos os setores. A importância que daremos à indústria será a mesma", assegurou em seu discurso, ontem pela manhã, durante encontro promovido por CIC e FIEC na Casa da Indústria. "De R$ 1,2 bilhão destinados este ano para o Ceará, R$ 800 milhões foram para a indústria", citou para reafirmar o compromisso do BNB com a indústria. Lanzarin afirmou também que terá sensibilidade com as políticas sociais e demonstrou preocupação com a situação dos pequenos produtores rurais no Estado.

Problema social

"Ter dificuldade é uma coisa, mas faltar água e não ter dinheiro é um problema social grave. Então não podemos desprezar a política social. Com recursos do Pronaf e do microcrédito para o desenvolvimento desse setor estaremos beneficiando também o comércio e a indústria e contribuindo para a elevação do PIB do Ceará", frisou. Diante dos industriais, o executivo reconheceu a demora na liberação de crédito e prometeu melhorar. Uma das estratégias, segundo ele, é a abertura de 103 novas agências em todo o Nordeste, sendo que 25 serão inauguradas até o fim de 2012. Atualmente o banco possui 187 agências na Região. Lanzarin adiantou que nos municípios onde não for possível abrir agências, devido à escassez de recursos, o BNB pretende compartilhar com outras instituições como Correios, Banco do Brasil e Caixa Econômica. "Não vamos permitir que um cidadão do Ceará ande 200 km para tomar um empréstimo de R$ 12 mil ou R$ 13 mil. Vamos fazer que esse dinheiro chegue a ele com a mesma rapidez que chegar ao grande industrial". "Vamos conjugar forças para atender bem desde a atividade primária até a grande indústria para que possamos construir um Ceará mais pujante, um Nordeste mais forte e um Brasil socialmente mais justo", reforçou.

Etene

Em relação à atuação do Etene, o presidente do BNB lembrou que desde 1970 foram realizados mais de 5.200 estudos técnicos que contribuiram para desenvolver o Nordeste. Esse volume de projetos, segundo ele, corresponde a R$ 514 milhões de investimentos em tecnologia e pesquisa. "Queremos avançar muito mais ainda", reforçou.

O Pecém é o novo alvo do escritório de estudos técnicos do Banco. "Não é porque a educação não é minha área fim que não poderei me envolver. A questão da formação é extremamente importante", frisou, lembrando em seguida que no Pecém há toda uma questão periférica, de logística ,a ser resolvida.

"Vamos ficar atentos às redes de investimentos. Me propus a fazer um estudo de viabilidade de todos aqueles negócios. Então o que pudermos apoiar vamos apoiar. Nós só ficaremos alheios a projetos ruins", completou Lanzarin.

Renegociações

Apesar da promessa do presidente da Fiec, Roberto Macêdo, de que o encontro era de boas vindas e não para críticas, alguns industriários reclamaram das dificuldades na renegociação de dívidas com a instituição. Lanzarim, porém, explicou que em respeito aos acionistas e à Região o banco tem de cobrar. "Os recursos são escassos e temos de retroalimentar o sistema. Cada um centavo que não volta compromete o orçamento do ano seguinte e o futuro da Região. É uma via de mão dupla", disse.

Ele declarou que os empresários cearenses precisam melhorar a autoestima, não vendo o Ceará como "pobrezinho e subdesenvolvido". Lanzarin também criticou o discurso brasileiro sobre a potencialidade do País. "É bom parar de falar, arregaçar as mangas e começar a fazer. Porque senão fica um discurso meio gasoso".

Expectativas

O discurso da presidente do CIC, Nicolle Barbosa, foi de apoio e união. "Não mediremos esforços para reunir todas as forças que pensam, que criam e que fazem a pujança da nossa região para juntos mudar a realidade do Nordeste". Roberto Macêdo apresentou ao titular do Banco do Nordeste expectativas dos industriais cearenses quanto à nova administração da instituição.

Dentre eles está o equacionamento de passivos acumulados no FNE e Finor, além da revisão de barreiras burocráticas que impedem o cumprimento de prazos no exame dos pleitos.

Indústria de confecções pede mais agilidade do BNB

A maior preocupação do Sindiconfecções está nas empresas do Interior, que precisam gerar mais empregos para evitar o êxodo rural FOTO: ANTÔNIO CARLOS ALVES

O presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção de Roupas e Chapéus de Senhoras do Ceará (Sindiconfecções), Marcos Venícius, declarou ontem que espera da nova gestão do Banco do Nordeste mais agilidade na concessão de financiamentos para as empresas do setor que representa. "Muitas vezes algumas companhias, por causa da demora do BNB em analisar as solicitações, acabam tendo que apelar para os bancos privados, que nos atendem mais rapidamente. No entanto, os privados possuem taxas mais altas", reclamou ele, que se encontra hoje, na Casa da Indústria, com os novos membros da direção do banco, a fim de se apresentarem.

Para Venícius, com o recente aporte de capital concedido pelo governo ao BNB, a expectativa é de que, cada vez mais, as principais indústrias do Estado, entre elas a de confecções, sejam beneficiadas com incentivos, e assim o banco possa cumprir com sua principal função, que é de fomentar a economia da região.

"Uma das nossas maiores preocupações são as fábricas de confecções do Interior. Elas precisam de mais investimentos para que se gere mais empregos e se evite o êxodo rural", explicou. O presidente do sindicato ainda aproveitou para alfinetar o alto investimento realizado na laminadora (R$ 300 milhões) da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). "Empreendimentos como esse geram poucos empregos (200 diretos); enquanto, numa indústria de confecções de médio porte, o mesmo número de postos de trabalho pode ser gerado, sem que seja necessário mais do 5% do que está sendo investido na laminadora", disse, reconhecendo, porém, a importância da CSP para arrecadação de impostos para o Estado.

A reportagem contactou o BNB, mas não teve retor
Fonte: Diário do Nordeste
Link: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1188383
Última atualização: 03/10/2012 às 17:58:20
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