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Nesta terça-feira (25), completam-se oito dias desde que a greve dos Bancários eclodiu. A cada dia, crescem as adesões em todos os bancos e no BNB não é diferente. Cerca de 90% das agências/unidades se encontram paralisadas. 

 

A realidade de adesão à greve expressa que nem tudo no Banco do Nordeste é um mar de rosas. Como afirmamos em notícias anteriores, os trabalhadores estão paralisados não apenas pelo índice de reajuste salarial, fator importante da pauta, mas também por questões que lhes são negadas há anos, como isonomia de tratamento, dignidade previdenciária e pelo fim do trabalho gratuito e melhores condições de trabalho, por exemplo. Logo, não se justifica o silêncio do Banco. 

 

Na semana passada, a AFBNB enviou ofício ao Banco, no qual solicitou celeridade nas negociações. Afinal, os funcionários não fazem greve porque querem ou acham “legal”, mas sim porque não suportam mais tantos anos de descaso pela ausência de uma política de recursos humanos, pelo menos transparente e isonômica. O que pede a Associação não é nada de extraordinário, mas, pelo contrário, algo muito simples e que com um pouco de boa vontade pode ser feito tranquilamente: Que o Banco tome iniciativas próprias no que lhe compete e busque com brevidade uma interlocução direta com os órgãos superiores do Governo Federal  e se antecipe à Fenaban, apresentando uma proposta digna aos seus trabalhadores. 

 

O que não se pode aceitar é que, ano após ano, o Banco do Nordeste fique à mercê da Fenaban, só se posicionando oficialmente, quando muito, após a proposta desta. A Fenaban não representa os trabalhadores do Banco do Nordeste, como não representa os trabalhadores dos demais bancos públicos. Para esta Federação de banqueiros, o que vale para efeito de negociação, são os bancos privados. A estes banqueiros ávidos por lucros, de nada importa o movimento no BNB, no Basa, no BB ou na Caixa. Não lhes interessa porque não são eles que pagam estas contas. Assim, a greve no BNB e nos demais bancos públicos é de responsabilidade das suas direções e do Governo.

 

No entanto, mais uma vez a diretoria do Banco do Nordeste parece esquecer esse detalhe crucial e age de acordo com as “regras” da Fenaban. O recado está dado: os trabalhadores do BNB querem que o Banco tome as rédeas do processo negocial e articule junto ao Governo Federal para resolver o impasse, sem esperar por proposta de banqueiros que exploram cada vez mais os trabalhadores bancários e a sociedade. 

 

Nesse sentido a Associação enfatiza: É preciso que urgentemente a direção do Banco inicie as negociações e resolva o problema, a responsabilidade é sua! Negociação já!