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  19/09/2012 

Artigo: A greve dos bancários e a importância do recorte regional nas políticas públicas, por Alci de Jesus

Nós, trabalhadores bancários de todo o país, de todos os bancos, mais uma vez estamos em greve, na luta justíssima por melhores condições de trabalho, por uma remuneração justa e pelo reconhecimento da importância da nossa atividade para o atendimento à população e ao desenvolvimento do país.

Já em Brasília, a roda da política não para. É a aprovação do Código Florestal com protesto dos ambientalistas e da população em geral, e até contra medidas tímidas de resguardar os interesses da sustentabilidade emitidas pelo executivo. É a possibilidade da votação do fim do fator previdenciário, o qual só trouxe mais arrocho à combalida qualidade de vida do trabalhador, após anos de exploração pelo sistema capitalista. É o processo de análise, apresentação de emendas e aprovação da Lei Orçamentária Anual – LOA 2013, que em seu bojo garante os recursos que serão utilizados nas Políticas Públicas que dependem de verbas orçamentárias de âmbito federal.

Porém, para nós, trabalhadores bancários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), é importante compreender que o processo de lutas travado na base está relacionado com as demandas gerais do povo brasileiro, e mais especificamente, no nosso caso, com as necessidades do Nordeste e do desenvolvimento regional.

É por isso que está certa a Associação dos Funcionários do BNB (AFBNB) que sempre tem pautado sua luta não só pelo incremento do índice de reposição, que só garante um reduzido aumento acima da inflação, mas principalmente pelo  fortalecimento do Banco do Nordeste.

Nessa perspectiva, quando se fala em fortalecimento do BNB há que se imaginar que não é possível conviver com tantas demandas não atendidas, com tantas expectativas frustradas, seja no âmbito das relações de trabalho ou na capacidade institucional do Banco do Nordeste enquanto banco de desenvolvimento.

O que se percebe, mais especificamente no caso do BNB, é que além da força do sistema financeiro privado, de mercado, a questão regional norteia todo o processo de fortalecimento do Banco. Da forma como se apresenta, a não resolução da questão regional está intrinsecamente ligada à não resposta à altura em nossas reivindicações, apesar de toda a luta dos trabalhadores durante anos, em governos eleitos com muitas expectativas, mas só de muitas promessas.

Nesse sentido, é importante o destaque da AFBNB quanto à necessidade do recorte regional em todas as políticas públicas, especialmente, aquelas voltadas para a redução das desigualdades e inclusão social regionais, em que o BNB atua, por meio do crédito especializado e da ação de fomento. Esta ação tem sido debatida junto aos trabalhadores do Banco, à mídia em geral, aos movimentos que lutam pela causa do desenvolvimento na região, e, em especial, na relação institucional da entidade com os parlamentares de todos os níveis, assim como autoridades constituídas.

Assim, a luta que desenvolvemos por meio da greve é a expressão de uma luta muito maior, na medida em que ao lutarmos pelo fortalecimento do banco, estamos lutando para que o recorte regional seja incluído nas políticas públicas desse país, e que as instituições de apoio ao desenvolvimento regional sejam fortalecidas, em sua plenitude, devendo-se garantir, efetivamente, dignidade aos trabalhadores dessas instituições, entre as quais se inclui a justa remuneração e os recursos adequados para o desempenho do seu trabalho.

A luta encampada pela AFBNB para que a LOA 2013 aporte metade dos recursos previstos na Lei 12.712 para o aumento do capital social dos bancos regionais é em prol dos trabalhadores do BNB, porque se está fazendo, na prática, o recorte regional, que deve ser correspondido, em toda a sua grandeza, nas ações do Governo Federal.  Na verdade, a assimilação da política de recorte regional só será plena quando o BNB e os órgãos de apoio ao desenvolvimento regional forem fortalecidos. Consequentemente, para que o Banco do Nordeste seja forte é imprescindível que seus trabalhadores sejam valorizados.

Com essa reflexão é que conclamo todos os trabalhadores do BNB que ainda não aderiram à greve, que venham cerrar fileiras com o movimento, que na sua essência faz a defesa de um BNB forte, de um Nordeste melhor. 

Fonte: AFBNB
Última atualização: 19/09/2012 às 18:22:28
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