Com a proposta apresentada aos trabalhadores, o único caminho razoável a seguir é a greve! (Charge: Klévisson Viana/AFBNB)
As negociações dos representantes dos bancários com os bancos já estão acontecendo em todo o Brasil. No BNB, após a entrega da minuta de reivindicações da Contraf e dos Sindicatos dos Bancários do Maranhão e do Rio Grande do Norte e algumas reuniões de negociação, não foi constatada nenhuma evolução satisfatória para os trabalhadores.
Pelo contrário, em que pese a proposta já rebaixada de 10,25% de aumento da Contraf, que não contempla as perdas salariais dos bancários acumuladas nas duas últimas décadas, a proposta de 6% da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), apenas 0,7% de aumento real, é uma verdadeira afronta, um insulto, um tapa na cara dos trabalhadores.
Para além do índice de reajuste, é importante que os trabalhadores do BNB estejam atentos às pendências históricas que, sem solução, já se arrastam há anos no Banco, a passos de tartaruga manca: isonomia de tratamento, reposição das perdas salariais, revisão do PCR, reintegração dos demitidos, política de recursos humanos transparente e que valorize os funcionários, convocação dos concursados, dignidade previdenciária e de saúde, fim do trabalho gratuito e do assédio moral, piso salarial baseado no salário mínimo estipulado pelo Dieese, entre outras.
Assim, reunidos no dia de ontem (12) trabalhadores de vários estados, reunidos em várias assembléias, rejeitaram a proposta dos banqueiros (Fenaban) e aprovaram o início da greve por tempo indeterminado a partir da meia noite da próxima terça-feira (18). Estão marcadas para esta segunda-feira (17) novas assembléias que definirão os rumos do movimento paredista. O momento, portanto, é de união e mobilização.
Entenda a greve
A greve é uma conquista do movimento sindical, amparada pela Constituição Federal e por uma lei específica, a Lei de Greve, nº 7.783, de 1989. É, portanto, um direito legítimo e constitucional dos trabalhadores brasileiros. Desse modo, conclamamos todos os funcionários a se unirem nesse momento de luta; não temerem represálias de qualquer natureza, pois devem ter a convicção de que ao aderirem à greve não estão infringindo ou suplantando a lei, mas apenas exercendo um direito que os assiste, conquistado após muita luta, resistência e esforço dos trabalhadores brasileiros.
Greve não é crime! É um direito legítimo dos trabalhadores amparado por Lei Federal! Todos no BNB à luta!
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