Criado pela Lei Federal 1649/52, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) desponta como a maior instituição financeira da América Latina voltada para o desenvolvimento regional. Opera como órgão executor de políticas públicas, apoiando cerca de dois mil municípios da Região Nordeste, do norte de Minas Gerais e do norte do Espírito Santo, com grande prestígio no cenário econômico mundial.
Com a responsabilidade de quem atrai investimentos internos e externos - parcerias com o Banco Mundial e com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - e com apoio nos princípios constitucionais, o BNB tem como linha mestra o combate às desigualdades regionais, através de programas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
O BNB, com o Crediamigo, o maior programa de microcrédito da América do Sul e o segundo da América Latina, já emprestou mais de R$ 3,5 bilhões a microempreendedores, além de operar o Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur-NE).
Sua clientela é formada pelas entidades governamentais e não governamentais, que compreendem as micro, pequena, média e grande empresas, as associações e cooperativas, e pelas pessoas físicas, considerando os produtores rurais (agricultor familiar, mini, pequeno, médio e grande produtor) e o empreendedor informal.
Na sua política de atração de investimentos, o BNB apoia estudos e pesquisas com recursos não reembolsáveis e estrutura o desenvolvimento por meio de projetos de grande impacto, presta atendimento integrado a quem decide investir em sua área de atuação, disponibilizando uma base de conhecimentos sobre o Nordeste e as melhores oportunidades de investimento na Região.
Destarte, com todo o respeito às opiniões contrárias, não podemos querer enxergar o BNB como uma instituição doméstica, cujo gestor tem que ser nordestino. Se seu presidente é um técnico respeitável, prestigiado pela comunidade econômica e pelo Governo Federal, pouco importa sua naturalidade ou mesmo sua nacionalidade. Basta ser um profundo conhecedor das economias mundial e nacional, dominando as peculiaridades do Nordeste, foco principal do banco e que seja capaz de tirar o BNB da atual crise institucional que enfrenta.
Seja, pois, bem-vindo senhor presidente do Banco do Nordeste, faça de sua capacidade técnica e moral o remédio que a crise institucional enfrentada pelo BNB necessita.
Flávio Jacinto
flaviojacinto@flaviojacintoadvocacia.com
Advogado
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