A AFBNB se reuniu na tarde de quarta-feira (5) com a área de Recursos Humanos do Banco para discutir e cobrar ações pertinentes às demandas que foram ou que são frequentemente encaminhadas às estâncias responsáveis. Participaram da reunião pela AFBNB a presidenta Rita Josina e o diretor Assis Araújo. Pelo Banco, o superintendente da Área de Desenvolvimento Humano do BNB, Francisco Cavalcanti (Chicão), a gerente do ambiente de Gestão de Pessoas, Célia Matos e a assistente da superintendência, Aureliana Sales.
Foram discutidos diversos pontos relacionados à política de recursos humanos do Banco, desde assuntos pontuais e específicos a questões mais gerais. No entendimento da AFBNB, a área de DH ainda necessita de muito aperfeiçoamento no que concerne a uma política justa e isonômica. No diálogo, os diretores da Associação expuseram demandas recentes dos funcionários, a exemplo da necessidade da credibilidade e isonomia nos processos de concorrência, além de pendências que já se arrastam há anos sem que nenhuma providência concreta no sentido de resolvê-las tenha sido tomada pelas instâncias competentes, como é o caso da revisão do PCR e de ações voltadas para a dignidade previdenciária.
Em relação à convocação de concursados, o superintendente informou que até o final do ano serão abertas 32 novas unidades, onde se dará a convocação dos concursados, cujo processo se dará nos próximos dias. A AFBNB solicitou ao banco a divulgação e a atualização de informações quanto aos quantitativos e pólos de atendimento, primando pela transparência nesse processo.
Para o superintendente, o momento é de "administrar o processo de mudanças" no Banco, fazendo um "resgate do que éramos há 20 anos". Segundo Chicão, nesse processo de transformação, é importante que Banco e Associação estejam de "mãos dadas ou então a gente não vai para frente". "O que estava debaixo do tapete, tem de aparecer agora", pontuou o novo superintendente de DH. Para a AFBNB, é positiva a afirmação, haja vista a ação constante da Associação pelo fortalecimento do Banco bem como pelos direitos dos funcionários. Sendo assim, "levantar o tapete" significa também o atendimento às demandas antigas que já foram encaminhadas e que tem sido
tratadas com descaso. Logo, os "novos tempos" anunciados pelo Banco só poderão ser caracterizados como tal se contemplarem esta preocupação.
Assunto igualmente destacado e defendido pela AFBNB foi a importância de se adotar nesse momento de novas práticas, também as condições necessárias para a realização dos trabalhos desenvolvidos na rede de agências, muitas delas precárias, bem como o combate às evidências de assédio moral ainda muito identificado e relatado pelos trabalhadores. A entidade defende que a importância de um banco de desenvolvimento se mede também pela valorização e respeito aos seus trabalhadores.
É imprescindível que a política de recursos humanos do BNB seja tocada com transparência, isonomia e abertura para atender aos anseios e às expectativas dos funcionários. Para o diretor da AFBNB Assis Araújo, "o momento é de romper definitivamente com o tratamento diferenciado entre os funcionários". De acordo com o diretor, uma das formas de corrigir essas distorções passa pela revisão do PCR, tendo em vista que a reestruturação do plano de carreira é também uma necessidade urgente no Banco.
A presidenta da AFBNB Rita Josina enfatizou que as demandas apresentadas pelos trabalhadores necessitam ser encaminhadas e solucionadas, ou ainda analisadas tecnicamente quanto à viabilidade de integrar uma política de recursos humanos. Ao indagar sobre o tratamento destinado aos passivos trabalhistas pendentes, o superintendente informou que o assunto ainda vai ser discutido e deliberado pela diretoria.
Entrega de documentos
A Associação entregou um dossiê contendo ofícios já encaminhados à Área de Desenvolvimento Humano ou à administração do banco nos últimos meses para que o superintendente tome conhecimento das pendências antigas que ainda não obtiveram uma solução adequada ou que ainda não foram devidamente comunicada ao funcionalismo, no entendimento da entidade.
Os diretores avaliam que as reuniões com as instâncias do banco são positivas na medida em que possibilitam a discussão sobre os temas de interesse de todos os trabalhadores. Contudo, é necessário que os assuntos pautados tenham encaminhamento e possam sinalizar possibilidades de mudança e melhorias, do contrário não passará de um "mais do mesmo."
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