Ao assumir a presidência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), na manhã desta quinta-feira, o catarinense Ary Joel Lanzarin, encontrará a instituição cercada de expectativas. Além de estar tomando fôlego após a turbulência iniciada no último mês de junho, quando se tornaram públicas denúncias de operações irregulares, o que culminou na saída do gestor anterior, Jurandir Santiago, dentre outros executivos, o banco, apesar do avanço no volume de crédito contratado (21%) no primeiro semestre do ano, amargou retração no lucro líquido de aproximadamente 18%, na comparação com igual período do ano passado.
A queda no resultado, de acordo com o que foi divulgado no balanço semestral do BNB, "ocorreu, sobretudo, por conta do novo direcionamento estratégico do banco no sentido de atender prioritariamente clientes de mini, micro, pequeno e pequeno-médio portes".
Neste cenário, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal linha de crédito operada pela instituição, sofreu retração de 13,3%no montante contratado.
Os reflexos da menor contratação de recursos do FNE foram sentidos principalmente pelo Ceará, que, no primeiro semestre, caiu da segunda para a quinta posição, entre os Estados do Nordeste, em relação aos financiamentos deste fundo.
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