Na opinião de alguns, a escolha da presidente Dilma Rousseff de nomear um técnico “não conterrâneo” para a presidência do Banco do Nordeste (BNB) caracterizaria uma espécie de “esvaziamento progressivo do BNB”, bem como a pouca importância que Dilma teria para com essa parte do Brasil. Mas eis que posteriores decisões presidenciais descredenciam tal teoria: a presidente resolve confirmar o aumento do capital do BNB em mais R$ 4 bilhões, dispensa o banco de recolher ao caixa da União os dividendos a que tem direito na condição de seu maior acionista, autorizando-o a reinvesti-lo em seu dia a dia.
Depois, o cristaliza como agente preferencial na aplicação do FDNE, garantindo assim uma fonte de recursos estável e que estava ameaçada. Finalmente posterga a solenidade de posse do novo presidente da instituição, remarcando-a para data em que o próprio e todo poderoso ministro da Fazenda, Guido Mantega, possa fazer-se presente. A pergunta é: a presença do ministro ao qual o BNB se acha subordinado caracteriza prestígio do novo presidente ou sinaliza que, ao contrário dos que advogam o seu esvaziamento, o BNB no atual governo está é fortalecido? Façam suas apostas.
José Nilton Mariano Saraiva. Fortaleza-CE.
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