Banco do Nordeste (BNB) teve assegurados, ontem, pela presidente Dilma Rousseff, R$ 4 bilhões até 2014. Os recursos irão fortalecer o capital do banco e foi uma vitória da Bancada do Nordeste no Congresso Nacional.
A partir de 2014, o BNB estará dispensado de recolher à União dividendos dos juros sobre capital próprio, respeitado o recolhimento mínimo de 25% do lucro líquido ajustado, o que também impactará positivamente no capital do Banco.
O deputado José Guimarães (PT-CE) comemorou a sanção da presidente Dilma como sendo uma conquista tão grande quanto a criação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), em 1988. “O fato da presidente Dilma ter sancionado a lei é uma demonstração do seu compromisso com a região Nordeste e a reafirmação do fortalecimento do BNB como instituição financeira e de desenvolvimento”.
O vice-líder do PT na Câmara e coordenador da Bancada do Nordeste diz que o banco saiu muito fortalecido e que foi uma construção coletiva feita na Bancada, independente dos interesses dos estados.
O impacto econômico desta decisão, segundo Guimarães, é muito forte. Com o lastro financeiro, o banco passa a ter condições para operacionalizar todos os projetos considerados viáveis tecnicamente. “Também foi a sinalização de que o novo presidente do BNB (Ary Joel) reúne todas as condições para colocar o ‘trem do desenvolvimento’ em alta velocidade”, diz.
Preferência
O deputado Danilo Forte (PMDB-CE), relator da Medida Provisória 564 (que integra o Plano Brasil Maior), cita que a maior conquista foi o fortalecimento do BNB no aporte de capital de R$ 4 bilhões e, principalmente, na capitalização automática, a partir de 2014, a cada exercício financeiro, por meio de retroalimentação de 75% dos dividendos e juros sobre o lucro, que hoje são recolhidos ao Tesouro Nacional.
O Banco do Nordeste também teve assegurada a preferência na operacionalização dos recursos do FDNE e exclusividade no gerenciamento das aplicações de pesquisa, desenvolvimento e tecnologia. “Esta é a nossa contribuição ao desenvolvimento regional e fico feliz pela compreensão da Presidenta Dilma, da área financeira do Governo ao aceitar o dispositivo que seguramente cria um novo patamar para o Banco do Nordeste no seu importante papel de fomentar o desenvolvimento da Região Nordeste”, comemorou.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A presidente Dilma sancionou a Lei de Conversão da MP 564, assegurando aporte de R$ 4 bilhões ao Banco do Nordeste até o ano de 2014. A Lei n° 12.717 foi publicada na edição de ontem,no Diário Oficial da União.
Saiba mais
Aporte de recursos ampliará carteira de crédito do BNB
Em nota, o Banco do Nordeste (BNB) limitou-se a comunicar que, atualmente, o Banco tem um Patrimônio Líquido de cerca de R$ 2,5 bilhões. Com o aumento de capital autorizado pela Lei 12.712 - sancionada ontem pela Presidente da República, Dilma Rousseff – o BNB terá o suporte de capital (índice de Basileia) necessário para ampliar sua carteira de crédito em novos R$ 60 bilhões.
Atualmente a carteira de crédito do BNB, adicionada a carteira de crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), totaliza cerca de R$ 44 bilhões, ou seja, o BNB passará a ter o suporte de capital suficiente para formar uma carteira de crédito de R$ 100 bilhões.
Como agente operador preferencial do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), o BNB entende que deve continuar investindo na melhoria continua de seus processos, o que, aliado a reconhecida capacidade técnica de seu corpo funcional, garantirá ao Banco do Nordeste a condição de principal agente operador do FDNE.
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