As categorias que realizaram campanha salarial no primeiro semestre garantiram um bom reajuste. Na média, o aumento real foi de 2,23%. O índice é bem maior do que os 0,7% conquistados no ano passado, de acordo com estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Se outras categorias garantiram o reajuste, os bancos podem atender as reivindicações dos bancários. As organizações financeiras ofereceram 6% de reajuste, ou seja, 0,66% de aumento real, índice pífio diante da lucratividade do setor mais rico da economia nacional.
De acordo com o Dieese, 97% dos 370 reajustes dos seis primeiros meses do ano superaram a inflação calculada pelo INPC, do IBGE. É o melhor resultado das negociações salariais desde 1996. Não há, portanto, nenhuma razão para que o sistema financeiro, o mais rentável da economia, se recuse a oferecer um reajuste justo para os bancários.
Inclusive, na terça-feira (04/09), o Comando Nacional volta a sentar à mesa com a Fenaban para debater o assunto. A categoria quer, além do reajuste de 10,25%, PLR de três salários mais uma parcela fixa de R$ 4.961,28, mais contratações, o fim das demissões imotivadas, segurança e melhores condições de trabalho.
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