Os bancários não estão nada satisfeitos com a proposta rebaixada apresentada pela Fenaban para cláusulas econômicas. A Federação Nacional dos Bancos ofereceu reajuste salarial de 6%, ou seja, aumento real de apenas 0,66%. A categoria quer reajuste de 10,25% (aumento real 5% mais a inflação projetada de 5%).
A expectativa dos trabalhadores era de que os bancos oferecessem um índice mais digno e condizente com a realidade do setor. “A proposta está muito aquém das nossas necessidades. Sabemos que as organizações financeiras são as que mais lucram no país e poderiam ser mais generosas”, reclama o funcionário do Bradesco, Paulo Mineiro.
Para o bancário, os banqueiros precisam reconhecer o papel da categoria dentro das agências, principalmente por ser, junto com os clientes, o real motor para a lucratividade bilionária dos bancos. “Nós somos parceiros e não escravos, e, por isso, merecemos um índice salarial melhor”.
O funcionário do Banco do Brasil de São Sebastião do Passé, Mauro Vilares, sabe bem que o reajuste oferecido está longe do ideal, principalmente depois das perdas do período do governo Fernando Henrique Cardoso. “O valor oferecido é uma estupidez. Apesar do ganho real dos últimos anos, o índice está muito abaixo do reivindicado”, conclui.
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