Ainda como candidata, Dilma Rousseff deixou claro seu pensamento sobre o papel do Banco do Nordeste (BNB): ser o principal meio de fomento para as micro e pequenas empresas da região, como forma de estimular o empreendedorismo. Em entrevista exclusiva ao O POVO em 13 de abril de 2010, Dilma afirmou que o banco não deve ser o único meio de financiamento da região. Naquela ocasião, ela disse que os grandes investimentos deveriam ficar com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“A União vê no BNB um instrumento de fomento da pequena e da média indústria aqui. O BNB não precisa emprestar para a grande empresa, grande empresa pode pegar isso lá embaixo (no Sudeste), que ela tem poder de fogo (para isso). Para quem o BNB tem que emprestar, é para a pequena e média empresa daqui”, disse então a candidata. ”Não se pode deixar tudo nas costas do BNB, porque senão ele não faz a política de fomento para o pequeno. Então, o que for grande aqui, tem que ser BNDES”,concluiu.
E Dilma tem aplicado o seu pensamento nesse um ano e oito meses de governo. Entre as mudanças pelas quais o banco passou está a perda da exclusividade da operacionalização do FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste), que agora passa a ser gerido também pelos demais bancos federais; a capitalização de R$ 4 bilhões recém-aprovada, e a ampliação do microcrédito, por meio dos programas Crediamigo, Agroamigo e Pronaf.
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