Foi um pouco desconcertado que Ary Joel respondeu que já foi chamado de presidente. Foi na manhã de ontem, na reunião com o ministro Guido Mantega. Atendendo como presidente do Banco do Nordeste, ele respondeu às perguntas do O POVO por telefone.
O POVO - Qual a sua percepção sobre o BNB?
Ary Joel - O Banco é importantíssimo para a região. São 60 anos de sucesso, apoiando o desenvolvimento. É um banco de forte vocação interiorana, com Pronaf, Crediamigo, e para micro e pequenas empresas. É um banco que tem estrutura para atender sua área e estou indo com o intuito de ser cooperativo.
OP - Qual a sua relação com o Nordeste? O senhor conhece a região?
Joel - Fui superintendente do Banco do Brasil no Maranhão. Residi lá por um ano e meio. E por ter sido diretor de micro e pequenas empresas em todo o País, menos São Paulo, fui a quase todos os estados do Nordeste. Mas não conheço com profundidade.
OP - O senhor teme que isso seja um percalço na sua gestão? Teme resistência dos estados?
Joel - Como temer um povo que é tão acolhedor, simples e de bom humor? São pessoas trabalhadoras. Eu é que tenho que tomar cuidado para não me frustrar com minhas expectativas de aprender com esse povo. Não tenho nenhum problema de me relacionar com nenhum dirigente político ou empresário.
OP - Qual é a sua relação com a presidente Dilma e com o ministro Guido Mantega? O que pode ter influenciado a escolha?
Joel - Nunca trabalhei diretamente com eles. São 30 anos que estou nessa vida e quero crer que isso tenha motivado a escolha.
OP - Eles lhe deram alguma recomendação especial sobre a atuação no banco?
Joel - O de desenvolver atividade bancária, de fazer negócios saudáveis, que tenham viabilidade econômica.
OP - Qual é a sua orientação sobre a crise pela qual passa o banco?
Joel - Qualquer empresa tem norma de conduta. Quando há qualquer coisa que fuja do seu rumo normal, tem que trazer com naturalidade para seu ritmo. Por outro lado, quando há problemas, temos que encarar de frente.
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