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Saiu na Imprensa

  02/08/2012 

Paraguai resiste! E nós com ele. Golpes de Estado: Nunca Mais!

 

Tradução: ADITAL
 
Há mais de 40 anos, implantou-se em nossa região a Doutrina de Segurança Nacional, ordenada pelos Estados Unidos. Havia que deter de qualquer maneira as lutas pela libertação que estavam acontecendo na maioria de nossos países.
 
As distintas ditaduras cívico-militares que se foram instalando na região a sangue e fogo, coordenadas sob a Operação Condor, responderam às necessidades do imperialismo e do poder econômico-financeiro. Desaparecimentos, torturas, fuzilamentos e assassinatos, além de uma vultosa dívida externa ilegítima e a imposição do modelo neoliberal foi o legado dos ditadores.
 
Hoje, vivemos na região uma época histórica, mesmo com suas contradições e acertos. Porém, com a oportunidade de ver avanços que falam sobre a possibilidade de construir outros paradigmas. Acabou-se o discurso único. A história finalmente não tinha fim; está sendo escrita pelos povos, com nossos erros e acertos, lutas e resistências, avanços, retrocessos e conquistas.
 
Frente a esses ares frescos que respiramos e que, quem sabe, se empenhem em deixar definitivamente para trás a longa noite dos anos 90 e rompam radicalmente com o neoliberalismo, com as classes dominantes, com o poder econômico, com as oligarquias latifundiárias, com as empresas multinacionais e com o capital concentrado, que veem em perigo seus privilégios e negócios.
 
Assim empreenderam um caminho de desestabilização dos governos eleitos democraticamente que não conseguem responder a seus interesses de classe. Na Venezuela, na Bolívia, no Equador, na Argentina aconteceram intentonas golpistas ou mobilizações destituintes orquestradas pela direita mais rançosa.
 
Os golpes de Estado já não são com tanques e botas. Agora são também com corridas financeiras, fortes medidas econômicas, golpes midiáticos ou por parlamentos dominados pela direita conservadora.
 
Assim aconteceu em 2009, em Honduras, onde o presidente constitucional Manuel Zelaya foi sequestrado do país pelas forças militares. Assim aconteceu no Haiti, com a intervenção dos Estados Unidos e da França no derrocamento do presidente Jean Bertrand Aristide e com a posterior ocupação do país pela Minustah.
 
E assim acontece agora no Paraguai e com o governo democrático de Fernando Lugo, mediante um golpe de Estado parlamentar.
 
Diante desses mecanismos que estão sendo implementados por parte do imperialismo e das forças reacionárias de cada um de nossos países, é necessária a unidade das organizações democráticas, progressistas e de esquerda para enfrentar esses novos golpes antidemocráticos.
 
Nossa região viveu como poucas a barbárie imperialista-capitalista para implantar um modelo político-financeiro em benefício dos que detém o poder. Hoje, esse modelo está sendo confrontado pelas lutas populares ao longo de Nossa América. A etapa neoliberal sucumbiu com o enterro da Alca; porém, o sistema se recicla em meio a suas crises e avança para uma nova fronteira de acumulação com a mercantilização da vida e a financeirização da natureza.
 
Essas são duas questões que estão relacionadas aos interesses que se escondem detrás do golpe de Estado parlamentar dado no Paraguai. A poucos dias de assumir, o governo ilegítimo do Sr. Federico Franco autorizou o suo do algodão transgênico da Monsanto e acelerou a abertura das negociações com a empresa multinacional Río Tinto Alcán, interessada na instalação de uma planta siderúrgica no país e muito mais no uso de energia subsidiada.
 
A um mês do golpe de Estado, o regime paraguaio começa a mostrar sua verdadeira cara. Demissões, perseguições políticas, censura ideológica e repressão começam a ser o dia a dia no Paraguai, que continua resistindo em defesa de sua democracia.
 
Jubileu Sul/Américas assume o desafio da luta democrática contra qualquer tentativa de golpe ou desestabilização de governos eleitos pela vontade popular, convencidos de que golpes de Estado: Nunca Mais!
 
Nesse sentido, partilhamos esse caderno como uma contribuição para visibilizar a solidariedade internacional com a resistência paraguaia e, ao mesmo tempo, como um alerta do que desejamos que não volte a acontecer em nenhum outro país de nossa Pátria Grande.
 
O Paraguai resiste! E nós com ele.
JUBILEU SUL/AMERICAS
Link: Adital
Última atualização: 02/08/2012 às 09:46:18
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