Após muita pressão e mobilização por parte dos servidores públicos federais em greve, que chegaram a bloquear a entrada do Ministério do Planejamento na manhã de quinta-feira (19), a categoria conseguiu seu objetivo: uma reunião com representantes da pasta para tratar sobre a pauta de reivindicações dos servidores.
Uma comissão foi recebida pelo Secretário Executivo Adjunto da pasta, Valter Correia da Silva, e pelo Secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça. Participaram da mesa representando os trabalhadores e os estudantes Luiza Carrera (CNGE), Davi Lobão (Sinasefe), Paulo Henrique dos Santos (CUT), João Paulo Ribeiro (CTB), Paulo Barela (CSP-Conlutas), Josevaldo Cunha (ANDES-SN), Maurício Scotelaro (Condsef) e Janine Vieira (Fasubra).
“Muito se tem lido na imprensa, mas até agora o governo não disse nada oficialmente aos servidores. Não podemos nos basear apenas nessas informações. Queremos ouvir do governo o que eles têm a dizer aos trabalhadores do funcionalismo público”, disse Paulo Barela, da CSP-Conlutas.
Na reunião, os representantes do governo disseram que até 31 de julho devem apresentar respostas ao funcionalismo. Ressaltaram também não serem verdadeiras as informações publicadas de que só os docentes e os militares terão reajustes salariais, mas que não tinham como antecipar nenhuma negociação.
Nesta sexta-feira (20) ocorre a Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais no qual será dado os encaminhamentos para as próximas ações da categoria.
Os servidores tem realizado diversas atividades no ultimo período para pressionar o governo. No dia 18 realizou uma marcha que reuniu mais de 10 mil pessoas, organizada pelas três centrais sindicais (CSP-Conlutas, CTB e CUT) e pelos sindicatos ANDES-SN, Fasubra, Sinasefe, Condsef e o Comando Unificado de Greve dos Estudantes (CNGE). Também foi montado um acampamento em Brasilia pela categoria.
Segundo o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, da Oposição da Assibge, os servidores estão denunciando que o gasto com o pagamento da dívida pública (agiotas e especuladores do mercado financeiro) pode chegar à 47% do PIB, enquanto que o reajuste proposto pelos servidores (22,08%) não atinge nem o percentual de 3% do PIB (Produto Interno Bruto). Por isso, vão exigir o atendimento de suas reivindicações e continuar intensificando as mobilizações.
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