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Saiu na Imprensa

  09/07/2012 

Redução de juros afetará trabalhador

 

A diminuição da Taxa de Juros de Longo Prazo impactará diretamente na remuneração do Fundo de Amparo, o FAT
 
Brasília Ao mesmo tempo em que barateia o crédito para os empresários que pegam empréstimos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a diminuição da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) provoca impactos negativos sobre uma das principais ferramentas de políticas públicas para os trabalhadores. A taxa menor reduz a remuneração dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que encerrou o ano passado com patrimônio de R$ 185,2 bilhões.
 
Formado pela arrecadação de dois tributos, o PIS e o Pasep, o FAT tem duas destinações. Uma parcela de 60% financia o pagamento do seguro desemprego, do abono salarial para quem ganha até dois salários mínimos e programas de qualificação profissional. Os 40% restantes são repassados ao BNDES, que fornece empréstimos subsidiados a empresários para estimular o desenvolvimento da economia.
 
Recursos
 
Além dos recursos do PIS/Pasep, o FAT tem receitas financeiras decorrentes da remuneração do patrimônio. Os 60% destinados às ajudas para os trabalhadores têm o mesmo rendimento que os recursos do Tesouro Nacional, basicamente a taxa básica de juros (Selic - em 8,5% ao ano). Os 40% do BNDES têm outra forma de correção.
 
No fim de junho, 92,18% dos recursos do FAT aplicados na instituição financeira eram remunerados pela TJLP. Os 7,82% restantes, usados em financiamentos ao comércio exterior, eram corrigidos por taxas de juros internacionais. Existem ainda os depósitos especiais, repasses do FAT ao BNDES além dos 40% obrigatórios, que são corrigidos pela TJLP e pela Selic.
 
Contabilidade
 
Embora a maior parte das receitas do FAT seja garantida pelos dois tributos, a relação do fundo com o BNDES tem provocado impactos na contabilidade do FAT. Em 2009 e 2010, o fundo registrou, pela primeira vez na história, déficit operacional, de R$ 2,34 bilhões e R$ 409,2 milhões, respectivamente. O balanço de 2011 ainda não foi divulgado pelo Ministério do Trabalho.
 
Nesses dois anos, os resultados negativos só ocorreram depois das transferências do FAT para o BNDES. Com a redução da TJLP, especialistas alegam que o déficit operacional pode se aprofundar. "Sempre haverá essa dualidade. O sistema é, em grande parte, financiado com a taxação sobre o trabalho. Toda vez que se mexe na TJLP, há reflexos no FAT", disse Maurício Canedo, professor e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
 
Para Cristina Reis, consultora do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), a diminuição da TJLP tem suas compensações . "A redução da TJLP, juntamente com outras medidas implementadas pelo governo, estimula a concessão de crédito e contribui positivamente para ampliar a capacidade de alavancagem das empresas e possivelmente a taxa de investimento da economia", ressaltou. 
 

 

Fonte: Diário do Nordeste
Última atualização: 09/07/2012 às 10:11:34
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