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Saiu na Imprensa

  06/07/2012 

´Turbulência não arranha imagem´

Há 15 dias à frente do Banco do Nordeste, como presidente interino da instituição, o baiano Paulo Sérgio Ferraro disse, ontem, que "as turbulências - substantivo com o qual ele definiu as fraudes e desvios de recursos ocorridos no banco - não irão afetar a imagem da instituição no Congresso, nem as boas relações institucionais com os governos estaduais e federal". Para ele, "a parceria entre o BNB e a iniciativa privada também não foi arranhada, o que é motivo de grande satisfação".

 
 
Segundo Ferraro, a preservação da imagem institucional do banco pode ser percebida a partir da aprovação da Medida Provisória (MP) 564, pela Comissão Mista do Senado e Câmara, na última quarta-feira. A MP autoriza a União injetar, de forma orçamentária, R$ 4 bilhões, em duas parcelas, no Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), e a financeirização do BNB, por meio da capitalização de 75% dos dividendos e juros sobre o capital próprio a partir de 2014.
 
"Não acho que nossa relação (com o Congresso) esteja arranhada". Ele acredita que a capitalização do banco será aprovada nos plenários das duas casas legislativas, em breve. Ferraro também descartou a possibilidade de esvaziamento das funções do banco, a exemplo do que ocorreu com a Sudene.
 
Ratings positivos
 
Ele disse que não teme pelo futuro do banco, "porque nós acabamos de receber dos órgãos específicos - das agências de classificação de riscos Moody´s Investors Service e Fitch - avaliação de que o rating do banco não foi afetado em momento algum, por conta desse acontecimentos (fraudes), além de que o ativo do banco continua sólido e a liquidez continua forte".
 
Para mostrar a solidez financeira da instituição, Ferraro antecipou alguns números do primeiro semestre de 2012. Conforme disse, os últimos resultados são muito positivos. De acordo do ele, o BNB encerra o atual semestre com resultados semelhantes ao do ano passado, com investimentos da ordem de R$ 9,2 bilhões em todas as linhas de financiamento da instituição, sendo R$ 4 bilhões do FNE.
 
"Mesmo com as turbulências que a gente enfrentou, os resultados foram próximos ao do primeiro semestre de 2011, quando o banco aplicou R$ 9,3 bilhões", destacou Ferraro.
 
No FNE, destacou, "chegamos a R$ 4 bilhões, em financiamentos, o mesmo montante do ano passado". Conforme contabilizou, se somado esse montante com as demandas dentro de casa, o BNB já atinge 90% da meta de investimentos para este ano, estimada em torno de R$ 11,5 bilhões, apenas com recursos do FNE. Ele afirmou ainda, que "hoje, a taxa de inadimplência em relação à provisão (para perdas financeiras) está abaixo do mercado, em torno de 3%, em relação aos ativos, sejam do banco ou do FNE".
 
Denúncias de corrupção
 
Em sua segunda entrevista à imprensa cearense, desde que assumiu a interinidade da instituição, Ferraro reiterou ontem que o banco manterá a mesma posição (em relação às denúncias). "Nossa postura continua a mesma. Ao se detectar qualquer irregularidade que se venha a ter, caberá às nossas áreas específicas persistir nas auditorias", o que, segundo ele, faz parte da rotina da instituição.
 
"Nosso empenho é de apurar os fatos e adotar as providências, dentro das penalidades normativas que regem a instituição, o que podem variar de simples advertência até demissão, dependendo do grau de penalidade cometida", alertou, sem apontar, quem já foi ou será punido pelas fraudes. "O que precisa ficar claro é que fraude existe em qualquer instituição que trabalha com crédito. O que se precisa fazer são as apurações e considerar o impacto disso. A penalidade vai depender do grau de responsabilidade de cada um sobre o que está sendo apurado", diz.
 
Em relação aos clientes que participaram de operações fraudulentas, com desvios ou malversação dos recursos públicos, ele falou que "vamos (o BNB) realizar nosso direito creditório de antecipar as dívidas, de executar e ir buscar ressarcir os capitais públicos que foram financiados pelo banco para essas pessoas".
 
Permanência no cargo
 
Questionado sobre a possibilidade da permanência à frente do BNB, Ferraro disse que qualquer funcionário que exerça uma função de direção deve estar preparado para os desafios que surgirem. "Estamos cumprindo uma gestão regimentar, solicitada pelo Conselho de Administração do banco. Com certeza, quem for o presidente vai continuar fazendo o trabalho e dar sua parcela de contribuição", resumiu, confirmando que o conselho pode optar por ampliar a interinidade por mais 90 dias.
Fonte: Diário do Nordeste
Link: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1156758
Última atualização: 06/07/2012 às 09:03:56
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