O balanço semestral do Banco do Nordeste (BNB), a ser divulgado neste mês, deve mostrar R$ 9,2 bilhões em contratações de operações de crédito. A informação é do presidente interino, Paulo Sérgio Ferraro, que conclui que a lucratividade do período deve atender às expectativas. O volume é semelhante ao do mesmo período do ano passado, quando foram contratados R$ 9,1 bilhões. “Isso mostra que a parceria do banco com a iniciativa privada não foi afetada por essa turbulência”, conclui, em entrevista ontem no evento de avaliação do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur-NE).
Ele se mostra confiante quanto à credibilidade do banco em Brasília, que deve ser testada neste mês com a votação do aporte de R$ 4 bilhões ao Banco e o direito a 75% do lucro dos rendimentos a partir de 2015. “O fato de a comissão ter aprovado esse aumento de capital do banco mostra que o banco não está arranhado ou lesado por essa situação”.
O presidente destaca a estabilidade da nota de risco do banco anunciada pelas agências Moody’s Investors Service e Fitch.
Comparando a situação do BNB com a da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que foi extinta em 2001 depois de envolvimento em denúncias de corrupção, Ferraro disse que o BNB não está ameaçado, citando que seus ativo e liquidez continuam fortes e com demanda. “O banco seguirá cumprindo seu papel”.
Ele minimizou as denúncias de irregularidades no banco: “Fraude existe em qualquer instituição que trabalha com crédito. O que se precisa levar em consideração são as medidas tomadas e o impacto disso”. Ele explica que as destituições e exonerações feitas até agora não são punições contra funcionários, tendo como objetivo evitar as investigações sejam atrapalhadas.
Sobre sua presença na Presidência, Ferraro frisou que está cumprindo uma decisão do conselho de administração do banco e que não há sinalizações do Ministério da Fazenda sobre sua permanência do cargo. A interinidade de Ferraro à frente do BNB tem duração de um mês, contado a partir de 21 de junho, data em que assumiu, podendo ser renovada pelo conselho de administração.
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