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Saiu na Imprensa

  29/06/2012 

Desgastes enfraquecem escolha de presidente cearense

A movimentação em torno das convenções partidárias para o lançamento de candidatos às eleições municipais de 2012 não esfriou as articulações em torno do sucessor definitivo da cadeira de presidente do Banco do Nordeste (BNB). Parlamentares afirmam que a bancada cearense está empenhada para que um cearense, novamente, ocupe o cargo.

 
O BNB passa por um momento de intensas investigações em supostas operações irregulares, que podem ter desviado mais de R$ 100 milhões da instituição. As auditorias internas analisam possíveis descaminhos.
 
Até junho de 2011, o banco era presidido por Roberto Smith, que deixou o cargo após mais de 8 anos na função. Em seu lugar, assumiu o funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal (CEF) - também ligado ao PT -, Jurandir Vieira Santiago. Ele ficou um ano no cargo e pediu demissão dia 20 de junho, após ter seu nome incluído nas investigações do escândalo dos banheiros. A exoneração de Santiago foi publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU).
 
A sequência de exposições negativas de lideranças do BNB, mesmo sob possível suporte de interesses políticos nas denúncias, mudou o cenário para o Ceará, que pode não emplacar um novo representantes como presidente.
 
No lugar de Santiago, em caráter interino, assumiu o baiano Paulo Sérgio Ferraro, que acumula a função com a de diretor de negócios. Ferraro tem 35 ano de carreira no banco e chegou à diretoria por indicação do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Ao O POVO, Ferraro havia dito ter interesse em cumprir apenas o período de interinidade (30 dias, mais um prazo de prorrogação). No entanto, é um dos contados para seguir na função.
 
O deputado federal Antonio Balhmann (PSB-CE) destacou que a bancada cearense definiu unir forças para sustentar uma pessoa do Estado na presidência. Não citou nomes. “O banco é do Nordeste, não é do Ceará. A bancada do Ceará, considerando que tem um pleito do Ceará, quer um nome cearense”, ressaltou.
 
Para o deputado federal, José Nobre Guimarães (PT-CE), a maior preocupação deve ser em torno da capitalização do banco e da financeirização do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), duas medidas que deverão ser votadas na Câmara dos Deputados na próxima semana. Sobre a sucessão no BNB, criticou o que ele chamou de “vozes do além” que cobram a ausência de interferência política no banco. “Prefiro a articulação de bastidores do que ficar fazendo bravata”.
 
Os parlamentares deixaram a escolha nas mãos do governador Cid Gomes, disse o deputado federal Danilo Forte (PMDB). “Demos carta branca ao governador. O importante é que seja comprometido com o desenvolvimento do Nordeste”, defendeu.
 
Quem mais?
 
Outros dois nomes cotados são o secretário da Fazenda, Mauro Filho (PSB), e o atual diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, que seria uma indicação da própria presidente Dilma Rousseff. Brito já foi presidente do extinto Banco do Estado do Ceará e ministro da Integração e dos Portos no governo Lula. 
 
Outro nome em evidência é João Melo, nome defendido pelo senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) que já fora presidente do BNB, de 1992 a 1995, quando Itamar Franco era presidente da República.
 
Por quê
 
ENTENDA A NOTÍCIA
 
O governo federal segue silencioso em relação ao BNB, enquanto as forças políticas brigam nos bastidores pela indicação da presidência da instituição. O cargo é valioso pelo volume de recursos que o banco movimenta na região.
 
Prós e contras dos cotados
 
Paulo Sérgio Ferraro
 
Prós: É funcionário de carreira do Banco, conhecendo bem a realidade da instituição.
 
Contras: Faz parte da Diretoria que sofreu um forte desgaste, em meio a intrigas políticas.
 
Mauro Filho
 
Prós: Tem perfil técnico, é professor titular do Caen-UFC e é o secretário da Fazenda do Ceará.
 
Contras: É político, do PSB, e, nesse momento de crise, isso pode ser desfavorável. Por ser de confiança de Cid Gomes, pode gerar ciumeira dos outros estados no NE.
 
Pedro Brito
 
Prós: Economista, é funcionário de carreira do banco e já presidiu o extinto Banco do Estado do Ceará (BEC), de 1991 a 1994. Nome de confiança da presidente Dilma.
 
Contras: Ex- aliado dos Ferreira Gomes. Passou a contar com a oposição do governador Cid Gomes, o que pode dificultar a atuação do Banco.
 
João Melo
 
Prós: Tem perfil técnico, é funcionário de carreira do banco e já presidiu o BNB, de 1992 a 1995.
 
Contras: É político, filiado ao PMDB, muito ligado ao senador Eunício Oliveira. Isso sugere forte ingerência política, o que não seria bom para a instituição.
Fonte: O Povo
Link: http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2012/06/29/noticiasjornaleconomia,2868578/desgastes-enfraquecem-escolha-de-presidente-cearense.shtml
Última atualização: 29/06/2012 às 08:38:05
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