Em meio aos escândalos financeiros que abalaram a instituição neste mês, esta semana pode ser marcada por notícias positivas para o Banco do Nordeste (BNB). Amanhã, o relator da Medida Provisória (MP) 564, deputado Federal cearense, Danilo Forte, (PMDB-CE) apresenta à Comissão Mista do Congresso, o parecer final, que, dentre outras matérias, contempla o BNB com aporte orçamentário de R$ 4 bilhões, para o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), divididos pela metade, em 2013 e 2014.
No relatório, o BNB mantém-se como o principal gestor dos recursos do Fundo, apesar de perder a exclusividade na administração para o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (CEF). "Acho que o texto (da MP 564) está perfeito", avalia Forte. Ele disse, no entanto, que ainda irá se encontrar com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, para uma última conversa sobre a inclusão de uma emenda que prevê contragarantias da União, para projetos de Parceria Público Privada (PPP).
Capitalização
Quanto à capitalização do BNB, ele avalia como positiva, apesar do incremento dos recursos previstos à instituição serem orçamentários, o que permite que o governo faça cortes.
"Acredito que conseguimos o lastro econômico para que o banco possa empreender. Foi um aporte substancial, suficiente para que o banco triplique o seu capital em poucos anos", crê Forte. Revisor da MP 564, o senador Eunício Oliveira, também credita como positiva a capitalização da instituição, neste momento de crise porque passa a instituição. Quanto a mudanças na diretoria e na presidência do banco, ele evita apontar nomes, mas revela que "a preocupação nossa é para que (o presidente) seja uma pessoa do Ceará".
"Pode ser A ou B, mas o governador e os senadores devem ser ouvidos", defende Oliveira, apesar de reconhecer a prerrogativa da presidente Dilma Roussef de indicar quem ela desejar, para presidir o Banco do Nordeste, o que pode ser discutida hoje.
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