Com a saída de Jurandir Santiago diante de denúncias de sua participação no "escandalo dos banheiros", a mídia cearense está veiculando diversas informações a respeito do caso e das investigações no BNB. Nesta quinta-feira, artigo da presidente da AFBNB, Rita Josina, circula no jornal O Povo (CE), destacando o BNB que a sociedade precisa. Confira abaixo.
O BNB que a sociedade precisa
O BNB deve cumprir sua missão de desenvolver o Nordeste
É inegável admitir que o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) enfrenta uma fase conturbada, com denúncias de irregularidades e corrupção em operações surgindo de todos os lados. No entanto, se pararmos para analisar de forma mais abrangente o atual contexto, os fatos que vêm sendo noticiados pela imprensa dia após dia podem e devem servir para uma guinada radical na maneira como a instituição está sendo conduzida. A oportunidade está dada, o momento é esse.
De antemão, é imperativo afirmar que o Banco do Nordeste é uma instituição imprescindível para a mitigação das desigualdades regionais e para o desenvolvimento sócio-econômico da sua área de atuação, que abarca todo o Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Sendo assim, o BNB é fundamental à sociedade nordestina. Não esse BNB dos escândalos de corrupção, mas o Banco do Nordeste que seus trabalhadores honestos conhecem a fundo, aquele que fomenta e contribui para melhorar a vida de milhões de brasileiros e brasileiras que moram na região supracitada.
Antes de qualquer outra questão secundária, o BNB deve se ater à sua missão desenvolvimentista, que foi e continua sendo de extrema relevância em sua trajetória de 60 anos. Para tal, precisa contar com uma administração ética, proba, que respeite e valorize seus trabalhadores e, principalmente, abdique de projetos pessoais de poder em nome de um bem maior: levar esperança e dignidade aos nordestinos. Essa é a essência da criação do Banco, em 1952.
A Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (AFBNB), entidade que representa os funcionários do BNB em todo o país, entende que o momento é bastante propício para esse resgate da missão desenvolvimentista do Banco. Nesse sentido, faz-se deveras importante que estas premissas sejam consideradas na escolha do novo presidente da instituição. Defendemos um perfil técnico e humano, desvinculado de qualquer ingerência político-partidária. A sociedade precisa do BNB e a hora da mudança é agora!
* Rita Josina, presidenta da AFBNB
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