Depois de ter o nome incluído nas investigações do escândalo dos banheiros e em plena crise do Banco do Nordeste, o presidente do Banco, Jurandir Santiago, colocou o cargo à disposição do Ministro da Fazenda, Guido Mantega. A informação ainda não foi confirmada oficialmente pelo BNB.
O POVO Online apurou que o clima é de tensão no Banco. A confirmação oficial pelo Ministério da Fazenda deverá ser dada nas próximas horas.
Santiago passou a noite reunido com advogados particulares discutindo a defesa no caso dos kits sanitários. Ontem à noite, ele embarcaria para o Rio de Janeiro onde participaria de uma reunião da Rio+20, mas cancelou a viagem.
Uma fonte do banco explicou que o governo deverá nomear um presidente interino até formar nova diretoria do banco. O nome cotado, segundo a fonte, é o do Diretor Administrativo e de Tecnologia da Informação, Stélio Gama Lyra Júnior.
Escândalo dos banheiros
Jurandir Santiago teve seu nome incluído em denúncia do escândalo dos banheiros, como O POVO adiantou. A inclusão deverá ser protocolada no início da manhã desta quarta-feira, 20.
Parte do dinheiro que seria destinado à construção de kits sanitários para famílias carentes do município de Ipu (294km de Fortaleza) foi parar, em 2009, na conta de um posto de gasolina em Fortaleza, cujos sócios eram o atual presidente do Banco do Nordeste, Jurandir Santiago, a então mulher, Silvia Marta Rubens Bezerra, e o engenheiro civil do município de Ipu, Tácito Guimarães de Carvalho, preso na última sexta-feira.
O procurador-geral de Justiça do Estado do Ceará, Ricardo Machado, decidiu, no início da noite de terça-feira, 19, pela inclusão do nome do atual presidente do Banco do Nordeste (BNB) Jurandir Vieira Santiago no rol dos denunciados no chamado “escândalo dos banheiros”.
Machado foi notificado às 11 horas desta terça-feira da decisão do desembargador Francisco Darival Beserra Pinto sobre o processo relativo ao caso dos “kits sanitários” do município do Ipu, 294 km de Fortaleza. Desde segunda-feira, 18, segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público, os órgãos responsáveis pelo caso estão analisando, também, provas complementares (Relatório de Inspeção) remetidas pelo Tribunal de Contas do Ceará (TCE).
|