Os cartões de crédito do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), serão processados pela CSU CardSystem, empresa que presta serviços de tecnologia em gestão e processamento de meios eletrônicos de pagamento. A companhia, escolhida por meio de licitação, administrará as atividades de back office e de processamento dos meios eletrônicos de pagamento, conforme comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na última sexta-feira.
O prazo inicial do contrato é de quatro anos e o valor é de aproximadamente R$ 50 milhões. Os primeiros cartões do Banco processados pela CSU CardSystem serão da bandeira Visa e devem circular ainda neste ano. Em seguida, serão processados os cartões emitidos com a bandeira Mastercard - assim que a parceria for formalizada.
Diversificação
Em nota, o diretor executivo da CSU, Wanderval Alencar, afirma que "a CSU foca sua estratégia de expansão na diversificação de suas fontes de receita e tem direcionado seus esforços comerciais também para as regiões fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo, onde a utilização dos meios eletrônicos de pagamento tem um excelente potencial de crescimento no médio prazo".
Exoneração
No último sábado, o presidente do BNB, Jurandir Santiago, exonerou seu chefe de gabinete, Robério Gress do Vale, que é acusado de operar um esquema fraudulento que teria desviado R$ 100 milhões para o caixa 2 de campanhas eleitorais de petistas do Ceará. A ordem para a exoneração de Vale partiu da presidenta Dilma Rousseff.
O esquema está sendo investigado pela Polícia Federal com base em auditorias do BNB e da Controladoria Geral da União (CGU), que encontraram indícios de fraude em 24 operações de crédito envolvendo petistas.
A auditoria concluiu que empresa dos cunhados de Vale recebeu R$ 12 milhões. O ex-chefe de gabinete do BNB foi, em 2010, o quarto maior doador, pessoa física, da campanha do deputado José Guimarães Nobre (PT-CE), irmão do ex-presidente do PT José Genoino.
A denúncia foi publicada pela revista Época deste final de semana. Em nota, Vale diz que prestará todos os esclarecimentos à PF. "Nunca me envolvi em defesa de quaisquer interesses de pessoas, parentes e afins", disse.
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