Fale Conosco       Acesse seu E-mail
 
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras


Saiu na Imprensa

  28/05/2012 

Política de incentivos fiscais mostrou ser insuficiente

Para promover o desenvolvimento, os Estados do Nordeste passaram a utilizar, há muitos anos, os incentivos fiscais, modelo que acabou por criar a chamada “guerra fiscal”. Por um lado, mecanismo atraiu empresas e gerou empregos. Por outro, foi insuficiente para reduzir as desigualdades sociais, inclusive entre os próprios Estados da região.

 

Durante a década de 1980 e até a metade dos anos 1990, as políticas de planejamento e desenvolvimento regional foram abandonadas no Brasil. Para construir políticas industriais próprias, Estados brasileiros se esforçaram para promover o seu próprio desenvolvimento, basicamente por meio de incentivos fiscais, a partir do ICMS. “A falta uma política capaz de orientar a política industrial de maneira articulada com os Estados degenerou numa guerra fiscal e isso é um elemento que não contribui para o processo de desenvolvimento”, afirma o secretário de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, Sérgio Duarte de Castro.


Em que pesem os problemas gerados, a política dos incentivos fiscais teve um efeito importante do ponto de vista de promover a desconcentração econômica. Ceará, Pernambuco e a Bahia foram os mais beneficiados com a política de incentivos que investiu, entre 2004 e 2011, cerca de R$ 96 bilhões.


O economista Lima Matos diz que, na falta de uma política regional, os Estados criaram proteções. Para ele, tem que ter uma política que distinga o Nordeste, já que é preciso tratar desigualmente os desiguais.


Ele lembra que a maior parte dos recursos dos fundos setoriais é aplicada no Sul e no Sudeste. “Quando vem um fundo setorial aplicar no Brasil, acaba sobrando para aplicar no Sul e no Sudeste, porque tem mais doutores e mais empresas para aplicar”, diz Matos. Para ele, o desafio é distribuir os recursos proporcional e justamente. “Não precisa discutir uma regionalização do passado, mas que se crie uma política nacional que inclua o Nordeste.


O presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Jurandir Santiago, entende que é necessária uma ampla reforma fiscal, que considere também a questão regional. Comenta que, ao longo dos anos, as decisões de projetos de infraestrutura públicos se concentraram no Sudeste/Sul, bem como os investimentos, e acrescenta que isso fez com que outras empresas se instalassem no entorno dali e, portanto, aquela região se desenvolvesse com muito mais velocidade que outras. “Por isso, estamos vivendo a guerra fiscal. Alguns estados se veem obrigados a adotar um regime fiscal diferenciado para possibilitar uma mínima condição de competitividade”, afirma.


Ele considera que essa “competição”, entre os próprios Estados na região Nordeste é extremamente prejudicial para o desenvolvimento da região. “Ao invés de termos Estados unidos, os governos são obrigados a adotar medidas que eventualmente beneficiam a si mas que podem vir a prejudicar o outro”. (Andreh Jonathas)

 

O quê


ENTENDA A NOTÍCIA


O POVO mostra, desde ontem, reportagem especial sobre as políticas de desenvolvimento pensadas para a região Nordeste, com suas incompletudes e polêmicas. A guerra fiscal faz parte dessa história.

Fonte: Jornal o Povo
Link: http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2012/05/28/noticiasjornaleconomia,2847368/politica-de-incentivos-fiscais-mostrou-ser-insuficiente.shtml
Última atualização: 28/05/2012 às 10:47:34
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras

Comente esta notícia

Nome:
Nome é necessário.
E-mail:
E-mail é necessário.E-mail inválido.
Comentário:
Comentário é necessário.Máximo de 500 caracteres.
código captcha

Código necessário.
 

Comentários

Seja o primeiro a comentar.
Basta preencher o formulário acima.

Rua Nossa Senhora dos Remédios, 85
Benfica • Fortaleza/CE CEP • 60.020-120

www.igenio.com.br