O jornal cearense O Povo do dia 27 de maio publicou uma série de matérias sobre desenvolvimento regional. Um dos textos é um artigo da presidenta da Associação dos Funcionários do BNB, Rita Josina, no qual ela defende o fortalecimento das instituições regionais como uma das premissas de um plano de desenvolvimento regional. Confira abaixo o artigo. Mais abaixo, os links para as demais matérias do jornal.
A hora do Nordeste é agora
Rita Josina, presidente da Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (AFBNB).
É fato que a realidade econômica e social brasileira avançou nos últimos anos. Os processos de aceleração do crescimento, no entanto, não significam necessariamente aceleração do desenvolvimento, conceito que envolve fatores para além dos econômicos. E, nesse quesito, os indicadores sociais do Nordeste continuam aquém do restante do País.
Tal situação decorre da inexistência de um plano de desenvolvimento regional, elaborado a partir das necessidades e potencialidades da região e integrado a um plano nacional mais amplo, um verdadeiro plano do Estado brasileiro para erradicação das desigualdades.
Um dos pilares para um plano de desenvolvimento desse porte é o fortalecimento das instituições regionais. Infelizmente, se o discurso nesse sentido é positivo, a prática tem mostrado o contrário. Basta ver o que está acontecendo com o Dnocs, esvaziado e desvalorizado. A a Sudene, que desde a sua recriação, não consegue se estabelecer enquanto instituição que pensa e planeja as ações de desenvolvimento da região, a Codevasf, a Chesf e o próprio BNB, que vive um momento ímpar: a mesma medida do Governo Federal que pode alavancar sua ação, fortalecendo-o e aumentando seu capital social, pode fragilizar o banco.
A depender do Ministério da Fazenda, enfático ao afirmar que o banco não precisa aumentar seu capital social agora – apesar da demanda crescente por crédito –, tampouco continuar com a exclusividade na operacionalização dos recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), a tendência não é das melhores. A construção de um Nordeste melhor e de um Brasil justo socialmente não pode ficar na retórica. Urge fortalecer os órgãos de apoio ao desenvolvimento regional, por respeito ao Nordeste.
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