O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) pode repassar seus créditos duvidosos para a Empresa Gestora de Ativos (Emgea), por meio da venda de títulos para a União. Também estão cotados para a operação o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil.
Esse tipo de crédito representa 2,4% do patrimônio líquido do BNB, cerca de R$ 2,3 bilhões, de acordo com o diretor financeiro e de mercado de capitais do Banco, Fernando Passos.
“A gente não tem uma carteira de créditos ruim grande. O volume é pequeno, nós não temos esse problema”, explica Passos. Segundo o diretor, as conversas com o Governo ainda são preliminares.
A limpeza dos bancos seria um impacto positivo sobre seu capital, liberando recursos de provisões, servindo como uma espécie de capitalização.
A medida facilitaria o cumprimento do acordo de Basileia, segundo o qual os bancos precisam ter patrimônio de pelo menos 11% do volume dos empréstimos - ou seja, para cada R$ 100 emprestados, o banco precisa ter em caixa R$ 11 como garantia da operação financeira.
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