A presidenta da AFBNB, Rita Josina Feitosa da Silva e o diretor de Ações Institucionais, Alci de Jesus, estiveram reunidos na tarde de ontem (15) com o Superintendente de Políticas de Desenvolvimento, José Rubens Dutra Mota, o gerente do Ambiente, Carlos Alberto Pinto Barreto e o gerente de Produtos e Serviços, Francisco Tadeu Bitu Feitosa.
A reunião cumpriu o objetivo de tratar das alterações em andamento em PAA para a função dos Agentes de Desenvolvimento. Esse assunto foi abordado na reunião ocorrida no final de março com o diretor de Gestão do Desenvolvimento do BNB, José Sydrião de Alencar (veja aqui), ocasião em que, após solicitado pela AFBNB, o diretor se comprometeu em disponibilizar a PAA para a Associação, colocando a Área de Políticas de Desenvolvimento para detalhar a proposta à diretoria da entidade, o que se concretizou ontem, com a entrega da PAA aos diretores da AFBNB e debate sobre o assunto.
O superintendente da área, José Rubens, iniciou a reunião fazendo uma contextualização sobre toda a trajetória do Programa Agente de Desenvolvimento, envolvendo desde as ações de mobilização, realização de diagnósticos locais, passando pela realização de oficinas e acompanhamento dos projetos territoriais até chegar os dias de hoje. Segundo ele, várias foram as alterações já feitas em relação à atuação dos agentes e que para a elaboração dessa PPA buscou-se construir uma proposta realista e participativa, com reuniões envolvendo os gerentes de agências e os gerentes de desenvolvimento territorial, dentre os quais foram escolhidos quatro dentre eles para trabalhar mais diretamente na construção dessa proposta, junto com a área responsável. A PAA não está concluída ainda, mas a previsão é que seja apresentada aos agentes no encontro a ser realizado nos dias 11 e 12 de junho.
A presidenta da AFBNB, Rita Josina, ressaltou que a preocupação dos agentes é compartilhada pela Associação, “pela importância do trabalho que se reveste no reconhecimento do BNB enquanto banco de desenvolvimento”. Ela chamou a atenção para a necessidade de uma atuação conjunta nas questões institucionais, a exemplo da luta recente pelo FDNE. Rita falou também que a compreensão da atuação do Banco na temática do desenvolvimento precisa ser fortalecida no conjunto dos trabalhadores do BNB. Daí a importância de sensibilizar internamente os funcionários e de envolver toda a direção geral, “uma vez que a atuação enquanto banco de desenvolvimento é o diferencial do BNB, destacando o papel dos agentes de desenvolvimento”.
Sobre a proposta de PAA, os gestores informaram que hoje a grande reclamação dos agentes é o fato de estarem ligados às agências, o que de certa forma os desvia da função, já que pela dinâmica das agências e pela carência de pessoal, acabam assumindo outras atividades. Pela proposta, que ainda será apreciada pela diretoria do Banco, os agentes retornam às Superintendências, o que permitirá fazer um trabalho mais continuado no apoio às políticas públicas regionais.
Ainda pelo que foi exposto, a proposta de atuação dos agentes contida na PAA contempla duas vertentes: uma voltada para a área negocial e outra para a ambiência sociopolítica, trabalhando, assim, tanto nas questões que antecedem ao crédito quanto no direcionamento das políticas públicas. Nesse contexto, a articulação entre as superintendências e as agências possibilitará o planejamento e a metodologia de trabalho que permitam o acompanhamento e a avaliação do trabalho desenvolvido em cada estado.
Os representantes do Banco informaram ainda que estão formatando um plano de desenvolvimento para os agentes, que envolve a elaboração de um modelo de capacitação específico – presencial e formação continuada – a partir das necessidades da nova configuração. Questionados pelos diretores quanto à forma de seleção dos agentes, informaram que a mesma é feita pelas superintendências, a partir de critérios definidos para a função pela direção geral.
Os diretores da AFBNB informaram que ainda existe inquietação quanto ao perfilamento e o enquadramento dos agentes de desenvolvimento no último plano de funções do BNB. No entendimento da Associação, algumas questões não foram devidamente esclarecidas, tendo em vista que, em alguns casos, mesmo sem ter repercutido negativamente do ponto de vista financeiro, não se levou em conta a experiência e o acúmulo de conhecimento dos agentes, prevalecendo critérios subjetivos. Segundo os representantes do Banco, a PAA não trata de promoções nem de remuneração e confirma a quantidade já aprovada de agentes, que é de 218. Ainda de acordo com os representantes do Banco, a PAA contempla 4 pontos: estrutura organizacional, a marca do programa, o normativo e o encarteiramento de clientes.
O diretor Alci de Jesus ratificou a expectativa da Associação com essa PAA, de que, do ponto de vista da estratégia de desenvolvimento, essa alteração seja positiva, de reestruturação da função e que possa motivar e despertar nãos funcionários o interesse pela atividade de agente de desenvolvimento.
Na avaliação da presidenta Rita Josina, “a oportunidade que estamos tendo de conhecer a PAA antes de ser aprovada pela diretoria nos abre a possibilidade de contribuir, inclusive apresentando propostas, para que esse modelo possa realmente contemplar a expectativa dos agentes, como algo consolidado, diferentemente do que vinha acontecendo, quando o programa vem passando por várias alterações sem que de fato se chegue a uma proposta sustentável”.
A AFBNB se propôs a avaliar a PAA, a partir da compreensão da entidade quanto à atuação e papel dos agentes de desenvolvimento, inclusive para compartilhamento das ações institucionais, e oportunamente socializará suas observações acerca do documento em seu site e nos informes de comunicação.
|
17/05/2012
