(Brasília-DF, 15/05/2012) O governador da Bahia, Jaques Wagner, falou com exclusividade para a reportagem da Agência Política Real que considera o Programa “Brasil Carinhoso” fundamental para a região. O Programa foi lançado hoje, pela presidenta Dilma Rousseff, no final da tarde no Palácio do Planalto em Brasília.
“Eu acho fundamental, até porque a maior concentração dessa pobreza desta faixa etária, infelizmente, ainda se encontra no Nordeste, exatamente pelo descaso ao longo da história e que nunca se pensou em programas como esse”, disse.
E complementou.
“Então para nós, sem dúvida nenhuma, é fundamental. Nós temos um contingente muito grande. As prefeituras têm dificuldades, fragilidades e é óbvio que isso aqui para nós é fundamental, até porque ela(Dilma) falou e isso circula a economia dos municípios mais pobres. Esse elemento tem um desdobramento muito importante para a economia como um todo do Estado”.
BRASIL MAIOR – Questionado pela reportagem sobre a ponderação do ex-secretário de Planejamento do Estado, o deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA), que coordenou a Bancada do Nordeste entre 2007 a 2010 - que há muita preocupação com cortes setoriais e quase nada com o recorte regional, ele comentou que concorda que falta ao Programa “Brasil Maior” um recorte regional. “Eu concordo que é preciso aprimorar”, apontou.
“Nós governadores do Nordeste, já de algum tempo, colocamos para a presidenta Dilma que é preciso pensar no crescimento, na valorização da indústria nacional, mas é impossível fazê-lo sem ter esse recorte regional, exatamente, porque o Nordeste depende de programas que possam aumentar o nosso parque industrial e a nossa geração de empregos. Então eu acho (essa ponderação do Zezéu) razoável”, comentou.
CAPITALIZAÇÃO DO BNB – Perguntado, ainda, pela reportagem sobre a reivindicação dos parlamentares nordestinos em capitalizar o Banco do Nordeste (BNB) dentro das Medidas Provisórias (MP's) 563 e 564, ambas de 2012, em análise no Congresso Nacional - Wagner afirmou que é importante que haja a capitalização do BNB, mas que o fundamental é garantir à aplicação do dinheiro na região Nordeste.
“Repare, ela tem. É óbvio que eu acho que o Banco do Nordeste, a capitalização do Banco do Nordeste é importante. Mas a origem do dinheiro não é fundamental. O fundamental é que se tem dinheiro de vir. Eu reconheço que o Banco do Nordeste presta um serviço incomensurável para a região. Tem uma expertise muito apropriada. Aí é uma questão, e uma decisão do governo federal de saber qual é o melhor operador de um programa como esse”, abordou.
Porém, o governador baiano salientou que a reivindicação em capitalizar o BNB não pode ser entendida como uma medida de confronto. Para ele, a capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que a MP promove é a execução de um entendimento do governo. O importante para ele é que o dinheiro chegue a região, repetiu.
“Me parece que o Banco do Nordeste, para este tipo de questão acumula uma expertise maior. Mas não se trata de confronto entre duas entidades públicas, BNB e BNDES. Aí é saber qual é que terá maior eficacia e eficiência. O importante é a destinação do investimento”, finalizou.
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