A proposta de financeirização (o nome é esse mesmo) do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), criado em 2001, para turbinar as empresas na Região sempre foi um sonho da Sudene e do Banco do Nordeste, que concordam que a ideia de um fundo orçamentário que todo ano tem rubrica no OGU, mas sequer vira dinheiro nos restos a pagar da União, não tem futuro. Mais ainda quando o ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, acertou com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda Guido Mantega MP para transforma-lo num fundo financeiro iniciado com R$ 2 bilhões em caixa já partir de 2012.
O problema começou quando, no texto, FBC incluiu a determinação de que a administração seria partilhada com os demais bancos federais, iniciando-se uma enorme briga de bastidor da bancada do BNB, que insiste em mante-lo na instituição. E ontem essa briga chegou ao Conselho da Sudene com o Ceará de um lado e os demais governadores do outro.
A divisão já era conhecida. A novidade foi a proposta do governador Eduardo Campos de fazer com que pelo menos 20% dos recursos sejam geridos por outros bancos (BB e Caixa), até porque, os R$ 2 bilhões do Orçamento de 2012 podem se tornar em R$ 35 bilhões em 2020. Resta saber se Campos falou sozinho ou se estava mandando o recado ao colega Cid Gomes, do Ceará.
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