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Centrais de Retaguarda Operacionais na pauta de discussão da AFBNB

Diretores e representante da CRO/CE reuniram-se com superintendente do BNB

A AFBNB esteve reunida na manhã do dia 17 de abril com Jefferson Albuquerque, superintendente de Gerenciamento de Processos e Serviços Compartilhados do Banco do Nordeste. Representando a Associação, a presidenta Rita Josina, os diretores Assis Araújo e Dorisval de Lima, o conselheiro fiscal Henrique Moreira e o representante da AFBNB na CRO-CE, Elton Menezes, que levantou algumas inquietações para a Associação, a partir de discussões realizadas com os demais funcionários da unidade, que motivaram o pedido de reunião.

Entre os pontos debatidos, os rumores em torno da mudança do local de funcionamento da CRO-CE, os comissionamentos e a reestruturação nas Centrais, com a centralização dos serviços em apenas três estados – Ceará, Bahia e Pernambuco, bem como as próprias condições de trabalho, de tecnologia e a situação dos funcionários.

O superintendente disse considerar louvável a iniciativa já que, segundo ele, muitos dos rumores não chegam ao seu conhecimento. Segundo Jefferson, não há nenhuma decisão concreta por parte da governança do Banco para os pontos colocados (transferência física, fechamento de CROs); o que existem são “tendências” e perspectivas de futuro. De acordo com ele, o planejamento estratégico do Banco daqui a 5 anos aponta na perspectiva de aumento dos atuais 20 bilhões para 40 bilhões de ativos.

Esse crescimento demandará mudanças estruturais no Banco, e nas centrais como um todo. A tendência, segundo Jefferson, é a criação de uma central de serviços compartilhados, que agregaria funções das demais centrais. Ele citou como necessárias a integração – inclusive espacial – dos trabalhadores das CROs, a automatização/modernização intensa dos processos e a especialização contínua desses funcionários, mas sem nenhuma decisão concreta nesse sentido, para este ano. Quanto à reestruturação das CROs, ele afirmou se tratar de um processo dinâmico e contínuo.

Além dos pontos trazidos pelo representante, os diretores reforçaram a preocupação com os custos que toda mudança traz – custos esses não apenas de ordem financeira, mas sobretudo de desgaste dos trabalhadores – e da necessidade de o Banco dar mais transparência às ações, de forma a evitar boatos e informações distorcidas, que só pioram o clima no Banco.

Além disso, reivindicaram transparência e participação direta dos trabalhadores das centrais nos debates - o que, inclusive, ampliaria a possibilidade de se encontrar soluções para alguns dos problemas postos – e definição de critérios objetivos, democráticos e transparentes para os comissionamentos, não apenas nas Centrais, mas como uma política do Banco. Na ocasião, a AFBNB ratificou seu posicionamento de defesa e valorização do Plano de Cargos e Remuneração; destacou, no entanto, que não pode se omitir das discussões que permeiam o plano de funções já que faz parte de uma realidade para os funcionários.

Para a AFBNB, a preocupação maior do BNB deve ser com o ser humano, uma vez que todas as mudanças que poderão acontecer repercutirão na vida de pessoas. Daí a importância de a Associação continuar vigilante e acompanhando de perto esse processo, buscando sensibilizar os gestores do BNB para a necessidade de buscar unir o crescimento da empresa com a satisfação dos funcionários, numa relação em que todos ganham.

Socializando as informações

Representante da CRO/CE socializa aos demais as informações da reunião com o superintendente

No início da tarde, os diretores e o representante da AFBNB, Elton Menezes, estiveram na CRO-CE, socializando as informações da reunião realizada com o superintendente no período da manhã.

Na ocasião, além do repasse de informações, os diretores da AFBNB falaram sobre as ameaças reais que rondam o Banco, a exemplo da quebra da exclusividade na operacionalização do FDNE. “Defender o Banco é fortalecê-lo”, afirmou o diretor Dorisval de Lima, acrescentando que a AFBNB tem cobrado da direção do BNB postura de direção e não de mero repassador de recados do Governo Federal. No entendimento da Associação, a direção do BNB precisa também brigar pelo Banco, buscar se impor junto ao governo Federal.

Na reunião com os funcionários, os diretores da Associação reforçaram que as reuniões com gestores do Banco são importantes para que seja colocada a visão da AFBNB sobre essas questões que afligem o funcionalismo à luz das inquietações e demandas dos funcionários. “Assim como a administração do Banco afirma ter essa visão de longo prazo para o próprio BNB, deve ter também para com o trabalhador”, afirmou Rita Josina, presidenta da Associação. Ela destacou ainda a necessidade de que as demandas e questões abordadas com um gestor sejam compartilhadas com as demais áreas do Banco, para que as soluções buscadas atendam ao princípio de isonomia, repercutindo na instituição como um todo, a começar pelas concorrências cujos critérios para comissionamento devem ser equânimes.

O representante da AFBNB na CRO, Elton Menezes, afirmou que agilizar e modernizar os processos de forma a beneficiar o cliente não é o sonho apenas da direção do Banco, mas de todos que trabalham na instituição. Isso, no entanto, não deve ser às custas do sacrifício dos trabalhadores.A AFBNB reforça tal entendimento, por isso não tem medido esforços no sentido de expor os problemas e cobrar do Banco as adequadas soluções.