Preocupada com um possível enfraquecimento do Banco do Nordeste (BNB) com a edição da Medida Provisória (MP) 564, que cria o Plano Brasil Maior e permite que a gestão dos recursos dos Fundos Constitucionais de Desenvolvimento do Norte e Nordeste sejam feitas por outras instituições bancárias governamentais, o relator da matéria, deputado Danilo Forte (PMDB-CE) promoveu, ontem, em Brasília a primeira reunião externa do Congresso para a discussão da proposta.
O diretor de Gestão do Desenvolvimento do BNB, José Sydrião de Alencar Júnior disse que é importante que o banco continue a gerir os recursos do FNDE, mas é mais importante ainda ampliar a carteira de aplicações da insituição, principalmente aumentando o valor dos financiamentos. Ele reconheceu a preocupação de esvaziamento das ações do BNB, mas afirmou que o Banco tem para este ano R$ 25 bilhões para investimentos e em 2013 e 2014 serão R$ 40 bilhões ao ano.
Em matéria publicada pelo Diário do Nordeste em 28 de março último, abordando a regulamentação do FDNE, Alencar havia afirmado que "o BNB não perderia em nada". "Hoje, somos o único banco com expertise para analisar e avaliar grandes projetos na região, e atuar com outros bancos não é esvaziamento é alavancagem de mais recursos para o Nordeste", disse.
A MP 564 já recebeu 69 emendas no Congresso Nacional e deve entrar em votação até o dia 15 de maio. Além de abrir a gestão dos Fundos Constitucionais a MP injetará R$ 45 bilhões da União no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O objetivo dessa medida é ampliar sua capacidade de fornecer crédito de longo prazo.
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