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AFBNB cobra explicações do Banco quanto ao fechamento da agência de Brasília

Diretores e conselheiro fiscal da AFBNB cobraram explicações dos motivos para fechamento da unidade de Brasília

A Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste (AFBNB), representada por sua presidenta Rita Josina Feitosa da Silva, e pelos diretores Assis Araújo e Alci de Jesus, além do conselheiro fiscal Henrique Moreira, esteve reunida com o diretor de negócios do BNB, Paulo Ferraro, no último dia 11 de abril.

A reunião foi solicitada pela Associação para discutir pontos como as condições de trabalho nas agências, os processos internos no Banco, a exemplo das concorrências, o FDNE e, sobretudo, os impactos do fechamento da agência do BNB em Brasília.

Fechamento da agência de Brasília

De acordo com o diretor, o fechamento da agência de Brasília baseou-se nos resultados insatisfatórios e no fato de não atrair recursos para a região - inclusive federais -, como é o esperado para as agências extrarregionais. Ainda segundo ele, o fato, no final, possibilitou a abertura de novas agências, o que demandará mais pessoal. Para isso, a direção do BNB já teria pedido a prorrogação da validade do último concurso e um aumento da quantidade de funcionários a serem contratados para as 25 novas unidades do Banco.

Para a AFBNB, o fechamento da agência de Brasília não pode ser analisado como algo meramente técnico, muito menos como resultado esperado de um cálculo financeiro; a medida não se revestiu de uma visão estratégica do Banco, pelo contrário, representou um revés que mostra sinais de fragilização. Sem querermos nos abstrair da questão técnica, há de ser analisado sob o ponto de vista estratégico, político, ainda mais num cenário que apresenta sinais não tão favoráveis ao Banco – basta ver as denúncias de irregularidades em operações, o lucro ínfimo no último balanço, a proposta de fim de exclusividade na operacionalização do FDNE, que são fatores que tendem a fragilizar o Banco do Nordeste e estão sendo explorados pela mídia.

FDNE

A preocupação da AFBNB com a retirada da exclusividade de operacionalização do FDNE pelo BNB parece ser inversamente proporcional à importância dada pela direção do Banco. Não enxergar uma potencial ameaça ao BNB nas regras de operacionalização do FDNE, como foi sinalizado pela diretoria de Negócios, ao considerar um processo normal, na mesma linha expressa pela diretoria de Gestão do Desenvolvimento (leia aqui), não parece estar coadunado com setores do parlamento federal e do setor produtivo, além de membros da academia, que seguindo a defesa feita pela AFBNB enxergam em tal medida uma séria ameaça ao Banco - e uma grande oportunidade para dar-lhe o devido reconhecimento.

Transparência

Transparência nos processos internos e, sobretudo, nas concorrências para função foi outro ponto destacado pelos diretores da Associação. Quanto ao acompanhamento dos processos de crédito, de acordo com o diretor do Banco, a auditoria e o jurídico do BNB estão cumprindo o seu papel.

Os diretores da AFBNB cobraram melhoria na comunicação do Banco com seus trabalhadores, de forma direta, de modo a evitar ruídos, boatos e informações privilegiadas por parte de quem quer que seja, o que gera apenas insegurança e temor por parte dos funcionários, a exemplo da recente peleja da PLR.

Para a AFBNB, todos os pontos tratados na reunião são importantes e tais demandas e preocupações devem ser levadas ao âmbito de toda a diretoria do BNB, diretoria esta “coesa”, nas palavras de Ferraro. “Continuaremos fazendo nosso trabalho de defesa do Banco, da região e de luta pela valorização dos funcionários, mas o Banco também precisa fazer a sua parte”, afirmou Rita Josina.