Muito longe dos atuais R$ 622,00, o salário mínimo do trabalhador brasileiro, em março, deveria ter sido de R$ 2.295,58, ou seja, 3,69 vezes maior do que o vigente. É o que aponta a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O cálculo foi feito em cima do valor mais alto da cesta básica no período (R$ 273,25, em São Paulo), além de a legislação determinar que o salário mínimo tem de suprir as necessidades básicas de uma família, como moradia, saúde, alimentação, transporte e educação, higiene, lazer, previdência e vestuário.
O Dieese ainda apurou que, para que o empregado que sobrevive com um salário mínimo conseguisse ter, em março deste ano, todos os bens necessários, o tempo de trabalho foi de 84 horas e 53 minutos. Já em fevereiro, a jornada tinha registrada era de 85 horas e 30 minutos. Em março do ano passado, foi de 96 horas e 13 minutos.
O estudo reafirma que, para manter uma família no país, com apenas R$ 622,00, o trabalhador tem de fazer verdadeiros malabarismos. O valor é muito de qualidade, como saúde e educação, por isso, tem de desviar a verba para atender este tipo de demanda.
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11/04/2012
