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Notícias

  28/03/2012 

AFBNB se posiciona contra ameaças à exclusividade de operacionalização do FDNE

Nas últimas semanas, setores da imprensa em todo o Brasil, principalmente no Nordeste, vêm levantando a informação de que o Ministério da Fazenda, com o endosso da Presidência da República, vai finalmente regulamentar o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), alterando, entretanto, a exclusividade de operacionalização por parte do BNB, inclusive já estaria elaborando um Projeto de Lei Complementar (PLC) para tal fim.  Desse modo, a gestão dos recursos do FDNE passaria a ser operada, além do Banco do Nordeste, também pelo Banco do Brasil (BB) e pela Caixa Econômica Federal (CEF).

O FDNE tem a finalidade de assegurar recursos para a realização de investimentos na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) em infraestrutura e serviços públicos, bem como em empreendimentos e incipientes atividades produtivas. O FDNE foi criado em 2001 e sua exclusividade de operacionalização pelo Banco do Nordeste do Brasil foi instituída pela Lei Complementar 125, em 2007, quando da recriação da Sudene.  .

Na visão da AFBNB, a retirada da exclusividade de operacionalização do FDNE pelo BNB vai de encontro à idéia de um Banco mais forte e valorizado, pois representa um revés estratégico na medida em que defendemos que o BNB deve ter a ampliação e diversificação de suas fontes de recursos para salvaguardar a sua atuação – e não o contrário. No mínimo, a medida pode ser compreendida como um passo na tentativa de esvaziar o poder de atuação do Banco, representando uma ameaça na perspectiva da retirada também da exclusividade de operacionalização do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) pelo BNB.

A explicação que circula por aí de que o BNB, sozinho, não poderia gerir o montante do Fundo, devido ao Acordo de Basiléia deve ser interpretada como uma grande oportunidade para o crescimento do Banco e não uma justificativa para a redução do aporte de recursos. Para a AFBNB é uma oportunidade de discutir e efetivamente fortalecer o Banco, por meio do aumento de seu capital social - bandeira que defendemos há tempos - o que atenderia à Basiléia e beneficiaria sobremaneira a região em que o Banco atua, considerando a experiência do BNB no apoio ao desenvolvimento do Nordeste.

Por que não repartir a operacionalização dos recursos orçamentários de acordo com a participação/representação das regiões no Brasil, em termos de população, por exemplo? Por que não todos os recursos orçamentários destinados ao Nordeste serem prioritariamente operacionalizados pelo BNB, dando-lhe progressivamente possibilidades para essa operacionalização? Ficam os questionamentos.

A Associação externa sua preocupação com declarações dadas hoje (dia 28 de março) pela diretoria de gestão do desenvolvimento do Banco do Nordeste do Brasil, no jornal cearense Diário do Nordeste, de que o Banco não perderia nada com a operação, opinião com a qual a AFBNB discorda.

A AFBNB se coloca terminantemente contrária a qualquer medida que aponte na perspectiva de enfraquecimento do BNB, a exemplo da possível retirada da exclusividade de operacionalização do FDNE do Banco do Nordeste do Brasil. A Associação defende exatamente o contrário: aumentar o capital social do BNB como muitas vezes já foi feito com outros bancos federais, como a CEF, BB e BNDES.

Assim sendo, a Associação está encaminhando aos parlamentares da Bancada Nordestina ofício no qual solicita apoio na luta pela exclusividade da operacionalização do FNDE pelo BNB, na regulamentação, bem como ofício ao Banco do Nordeste do Brasil cobrando ações concretas que apontem em medidas positivas e de fortalecimento do Banco.

- Pela exclusividade da operacionalização dos recursos do FDNE!
- Pelo fortalecimento do BNB!

 

Fonte: AFBNB
Última atualização: 28/03/2012 às 12:27:25
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Comentários

Enviado por Alci - Diretor da AFBNB em 09/04/2012 às 18:27:43
Caro Marluio, sobre o seu segundo e terceiro comentários, gostaria de esclarecer que além dos técnicos que estão na Diretoria da entidade, e que têm suas competências, temos também o suporte do Conselho Técnico da AFBNB, e sempre exercitamos o diálogo com as pessoas das áreas envolvidas para agregar maior valor as nossas posições. Porém, é necessário, novamente, fazer o resgate de alguns movimentos realizados pela entidade, a partir de ações ou sinalizações que envolveram o BNB e o FDNE. Veja pelos links a seguir, que desde 2005, fazíamos a luta com relação ao FDNE na mesma ótica que agora estamos nos pronunciando. (http://www.afbnb.com.br/noticias_detalhes.php?cod_secao=1&cod_noticia=968) (http://www.afbnb.com.br/jornal_detalhes.php?cod_noticia=463&cod_jornal=124&cod_jornal_secao=1). Você também pode pesquisar no site, simplesmente colocando o termo FDNE e verá outros posicionamentos e notícias postadas sobre o assunto. Se você fizer isso verá que não há, portanto, desconhecimento de causa, muito pelo contrário. Nas nossas notas mais recentes, não nos posicionamos contrários à financeirização do Fundo e ao estabelecimento de processo de operacionalização que venha a facilitar o financiamento. No entanto, entendemos que a questão não é somente técnica. Por isso, ressaltamos, sim, a grande oportunidade de capitalização do BNB e a fragilidade que nos impõe o Governo Federal, ao não aportar recursos para o capital social do Banco com o estabelecimento da medida, tratamento que não é dispensado ao BNDES, BB e CEF, que quando precisam são aquinhoados, tempestivamente, com recursos. Caro Marluio, em junho de 2011 estivemos com o Ministro da Integração, conforme link abaixo: (http://www.afbnb.com.br/noticias_detalhes.php?cod_secao=1&cod_noticia=7902) e fomos assertivos em relação aos eixos que defendemos entre eles o aumento do capital social do Banco. Por uma conta simples, considerando que teremos 100% de risco do Banco, com um montante de R$ 2 bi/ano, numa perspectiva de cinco anos, precisaríamos de somente R$ 1,3 bi de aumento de capital social para operar com exclusividade o FDNE, sem nos preocuparmos com o índice de Basiléia. Por que não? Agora?
Enviado por Alci de Jesus - Diretor da AFBNB em 09/04/2012 às 16:39:30
Caro Marluio, primeiramente, gostaria de agradecê-lo pela participação no site e pelas colocações, na medida em que nos permite esclarecer alguns pontos levantados. Em relação a sua primeira colocação é necessário fazer um resgate histórico em relação ao FDNE e à participação da entidade. Veja que o FDNE, apesar de ter sido criado pela MP 2.156-5, de 24/08/2011, foi, de fato, consubstanciado pela LC 125, de 03.01.2007. Naquela oportunidade, nós da AFBNB, inclusive eu, estávamos lá. Apesar de que o nosso maior foco àquela época fosse a questão das alterações na Lei 7.827, haja vista as implicações em relação ao FNE e à taxa de administração, tivemos a oportunidade de vivenciar e articular, também com o pessoal do GAPRE ali presente, duas questões: uma era quanto à exclusividade de operacionalização do fundo pelo Banco e outra a importância de que esse fundo não tivesse contingenciamento, isto é, não estivesse passível das restrições que são eventualmente impostas pela componente orçamentária, além da dificuldade de operacionalização. A exclusividade de operacionalização pelo BNB foi determinada e com ela todos concordaram e acharam extremamente positivo, pois dava uma valoração maior ao BNB. Veja que à época, o BASA não conseguiu a mesma coisa, com a recriação da SUDAM. Nessa perspectiva, caro Marluio, compreendemos a falta de conhecimento de vossa parte com relação a esse momento histórico, o que respeitamos em função, talvez, de não conseguirmos atingir a todos com as informações específicas relativas àquele episódio. Faço outros comentários, sobre os outros posts seus em seguida.
Enviado por marluio martins em 05/04/2012 às 01:49:14
Mais sobre FDNE (Financeirização) "O problema é que o FDNE é apenas uma fonte de recursos atrelada ao orçamento do governo federal, operado pelo Banco do Nordeste (BNB) sob o comando da Sudene. Não é um fundo propriamente dito, pois seu patrimônio é zerado e reiniciado todos os anos. Para 2012, a previsão é de receber recursos entre R$ 1,9 bilhão e R$ 2 bilhões. A medida, caso seja aprovada pela presidente Dilma Rousseff, resultaria em R$ 35 bilhões no FDNE, em 10 anos, e com uma série de outras alterações "recriaria de fato" a Sudene, nas palavras dos governadores presentes à reunião. O debate ocorreu no primeiro encontro do Conselho Deliberativo da Sudene no governo Dilma Rousseff. Segundo Bezerra Coelho, a demora se deu porque era preciso um período de "reflexão" para adotar novas diretrizes para o colegiado." Extraído de: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/pernambuco/noticia/2011/11/10/governo-propoe-caixa-proprio-para-sudene-21838.php
Enviado por marluio martins em 05/04/2012 às 01:38:17
Para esclarecer as ideias da AFBNB: O FDNE é um fundo de fomento em: infraestrutura; serviços públicos; empreendimentos produtivos com grande capacidade germinativa de novos negócios; e empreendimentos em novas atividades produtivas. É voltado exclusivamente para empresas S.A’s (Sociedades Anônimas), financia no máximo 60% do projeto e somente projetos com valor mínimo de R$ 50 milhões podem demandar estes recursos. Para fazer jus aos créditos as empresas, quando da contratação, emitem debêntures conversíveis em ações. O FUNDO (FDNE) tem origem em recursos do próprio TESOURO NACIONAL e tem natureza contábil, isto é, a não-utilização de recursos (em sua totalidade ou saldo restante) acarreta o zeramento do saldo do exercício atual para o exercício seguinte. A SUDENE tem uma carteira de APENAS 08 (oito) projetos aprovados e contratados com recursos do FDNE desde 2001 (04 eólicas, 01 termoelétrica, 01 ferrovia, 01 indústria e 01 distribuidora de energia). O maior deles é a Transnordestina Logística (R$ 2,6 bi). Embora constituído desde 2001 o FUNDO (FDNE) só contratou operações a partir de 2008. O BNB havia sido nomeado através da Lei Complementar 125 como exclusivo Agente Operador, sendo responsável, assim, pela análise do projeto, acompanhamento das operações e desembolso dos recursos. Quem tem a exclusiva prerrogativa e o exclusivo poder de SEMPRE APROVAR a Carta Consulta, o enquadramento, o Crédito, a forma de constituição das garantias e os desembolsos do FDNE é a própria SUDENE, e não o BNB (que opera e não gere os recursos). É isto que a MP 564 veio alterar. Posteriormente será, também, aprovada a financeirização do Fundo. FONTES: 01. http://www.sudene.gov.br (ir em “pesquise no site” e digite “Resoluções 2006″ ou “Resoluções 2007″, ou Resoluções 2008″ e assim por diante) 02. REGULAMENTO DO FDNE http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6952.htm 03. http://www.bnb.gov.br/content/aplicacao/negocios_e_investimentos/fdne/gerados/apresentacao_e_finalidade.asp 04. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 564, DE 3 DE ABRIL DE 2012. http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/564.htm 05. FINANCEIRIZAÇÃO DO FDNE http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/pernambuco/noticia/2011/11/10/governo-propoe-caixa-proprio-para-sudene-21838.php
Enviado por marluio martins em 05/04/2012 às 01:28:49
Neste artigo a AFBNB demonstra total desconhecimento sobre o FDNE e sua operacionalização no BNB. Deem uma passada e conversem com os técnicos que trabalham na análise e acompanhamento das operações do FDNE. Estejam todos já convidados.
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