Banco do Nordeste é hoje, sem dúvida, um dos maiores indutores do desenvolvimento na área em que atua - região Nordeste e norte de Minas Gerais e Espírito Santo. Além de importantes programas, alguns são reconhecidos nacional e internacionalmente, como o Crediamigo e o Agroamigo, por acreditarem no potencial dos chamados pequenos empreendedores e agricultores.
Entretanto, nós, que fazemos a Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste (AFBNB) acreditamos que o BNB, como principal braço do Governo Federal voltado para o desenvolvimento nesta região, pode e deve fazer mais, sob risco de ficar estagnado e ver cair por terra sua nobre missão e uma história construída ao longo de 60 anos de existência. Isso porque o fato de ter programas bem sucedidos não o torna imune às crises, inclusive de ordem moral e ética, nada toleráveis – com toda razão – à Presidência da República e ao povo brasileiro.
Tais crises no BNB refletem no pífio crescimento observado no último ano o que, por sua vez, afeta diretamente seus trabalhadores, inclusive financeiramente, a exemplo da redução nos valores referentes à participação nos lucros e resultados. Para se ter uma ideia, enquanto os trabalhadores dos demais bancos receberam merecidos valores como participação pelos lucros obtidos nos bancos, fruto de seu trabalho, no BNB o cenário indica que os funcionários terão que devolver parte do que foi adiantado.
Para debater esses e outros assuntos, a Associação dos Funcionários do BNB, entidade com 26 anos de existência e atuação nacional, realizará no dia 23 um debate aberto intitulado “O BNB que a sociedade precisa: como está, atende aos parâmetros do desenvolvimento?”. O evento reunirá funcionários de toda a área de atuação do Banco, eleitos por seus pares para representá-los junto à Associação.
Como parte da programação do evento, à tarde será realizado um ato na praça localizada dentro do BNB Passaré. Para a AFBNB, o Banco do Nordeste deve ser valorizado e fortalecido pelo Governo Federal, ter sua rede de agências ampliada, ter aumentado seu capital social. Precisa valorizar seu corpo funcional, respeitar direitos conquistados a duras penas, agir com transparência nos processos internos. Precisa, necessariamente, de gestores comprometidos com a missão do Banco e que, mais do que embasamento técnico, detenham também um perfil de zelo na aplicação dos recursos destinados à região, tendo sempre em vista a necessidade de superação das desigualdades extra e intrarregionais e a eliminação da pobreza.
Rita Josina - presidenta da AFBNB
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